(Cristiano Machado/Imprensa MG)
Minas Gerais terá um órgão específico para coordenar as ações de combate à violência contra mulheres, bem como o protocolo de atendimento às vítimas. Portaria criando a Diretoria Estadual de Gestão das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher será publicada nesta quinta-feira (22) no Diário Oficial. A ideia é integrar políticas de prevenção e de enfrentamento a esse tipo de crime.
De janeiro a julho deste ano, o Ligue 180, dispositivo do governo federal, registrou 8.417 denúncias em Minas, o que significa aumento de 32,66% na comparação com o mesmo período de 2023.
Na prática, as 70 delegacias que atendem casos de violência contra mulher no Estado ficarão sob o chapéu da nova diretoria para facilitar a unificação do tratamento dado às ocorrências, às informações sobre o tema e também às estratégias de combate entre as diferentes unidades policiais em Minas.
O anúncio do novo órgão foi feito nesta quarta-feira (21), durante o evento "Agosto Lilás: Quebre o Ciclo de Violência contra a Mulher", no auditório JK da Cidade Administrativa. O evento foi realizado pela Polícia Civil de Minas e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese-MG), com apoio da Secretaria de Estado de Governo (Segov).
"O objetivo é estruturar um esforço em todo o estado para ter uma resposta mais ágil e uma investigação mais efetiva, garantindo que o Ministério Público possa processar e manter os agressores presos", assegurou o vice-governador Professor Mateus.
Protocolo de atendimento
Além da resolução que cria a diretoria que tornará as ações da investigação e combate ao crime mais efetivas, a Polícia Civil fará o lançamento de um protocolo de atendimento para padronizar a atuação em todas as 70 delegacias de atendimento às mulheres em Minas.
A chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Letícia Gamboge, explicou que o protocolo inclui ações para o acolhimento adequado e encaminhamento para a rede de enfrentamento à violência contra a mulher. “Celeridade na concessão das medidas protetivas de urgência. Agilidade na conclusão dos inquéritos policiais e, se necessário, a prisão do agressor com a maior celeridade possível”.
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