Estava foragido

Indígena investigado por atos antidemocráticos é preso na fronteira com a Argentina

José Acácio Serere Xavante rompeu a tornozeleira eletrônica

Agência Brasil
Publicado em 23/12/2024 às 14:54.Atualizado em 23/12/2024 às 19:29.
Atos democráticos de 8 de janeiro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Atos democráticos de 8 de janeiro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) prendeu na noite do último domingo (22) o indígena José Acácio Serere Xavante, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos antidemocráticos. Ele estava foragido e foi preso na fronteira entre o Brasil e a Argentina. O mandado de prisão foi assinado pelo ministro Alexandre de Moraes.

José Acácio está preso na delegacia da PF em Foz do Iguaçu e vai passar por uma audiência de custódia nesta segunda-feira (23). O indígena é acusado de promover atos antidemocráticos no final de 2022, após o resultado das eleições, em diversos locais de Brasília.

De acordo com as investigações, ele esteve à frente de manifestações ilegais realizadas no Congresso Nacional, no aeroporto de Brasília, e nas proximidades do hotel no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou hospedado antes de tomar posse para o terceiro mandato.

José Acácio foi preso em dezembro de 2022, mas ganhou liberdade em setembro de 2023, quando teve a prisão substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica. Após ganhar o benefício, o indígena rompeu o equipamento e fugiu para a Argentina.

De acordo com a PF, cerca de 60 brasileiros com envolvimento em atos antidemocráticos fugiram para a Argentina após romperem a tornozeleira eletrônica. A maioria deles é investigada pelo envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. 

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