Operação Coertione

Jogador de futebol e mais dois jovens são presos suspeitos de estupro coletivo em BH

Vítima é uma adolescente de 16 anos, e teria sido alvo de violência sexual no dia 30 de março

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 29/07/2024 às 11:26.
Três investigados estão presos preventivamente, à disposição da Justiça, e a investigação prossegue na Depca (Divulgação/PCMG)

Três investigados estão presos preventivamente, à disposição da Justiça, e a investigação prossegue na Depca (Divulgação/PCMG)

Três homens, incluindo um jogador de futebol, foram presos, em Belo Horizonte, suspeitos de participar de um estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos. O caso foi divulgado pela Polícia Civil na sexta-feira (26), e teria ocorrido  em abril. 

"A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na última quinta-feira (25), a operação Coertione, visando ao cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Belo Horizonte. Na ação, dois investigados, ambos de 19 anos, foram presos nos bairros Coqueiros e Palmares, sendo ainda apreendidos celulares e material eletrônico dos alvos", detalhou a PCMG nesta segunda 29).

Ainda segundo a polícia investigativa mineira, um terceiro investigado pelo crime, que seria um jogador de futebol de 20 anos, apresentou-se, na sexta-feira (26), à equipe da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). Ele seria contratado por um time do interior de São Paulo. 

Conforme a PCMG, os três investigados estão presos preventivamente, à disposição da Justiça, e a investigação prossegue na Depca. A investigação aponta ainda que a vítima, uma adolescente de 16 anos, teria sido alvo de violência sexual no dia 30 de março, e ainda teria sido agredida e ameaçada.

De acordo com a delegada Letícia Müller, titular da Depca e responsável pela investigação, “Ela [a adolescente] sofreu um estupro coletivo. O crime foi praticado por três indivíduos, já maiores de idade, e durante os atos sexuais a adolescente foi agredida com socos e puxões de cabelo”, relatou a delegada, que ainda acrescentou: “Em decorrência das agressões, ela ficou muito traumatizada e a princípio não queria falar com a mãe, mas depois revelou à irmã os fatos”.

Assim que a família teve conhecimento, a mãe foi à Polícia Civil e registrou a ocorrência na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher. “Toda a cena foi registrada e, com os registros, os suspeitos teriam ameaçado divulgar as cenas nas redes sociais”, contou a delegada.

Não é não

Para a chefe do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), delegada-geral Carolina Bechelany, "trata-se de um crime grave, além do fato de não existir a possibilidade de qualquer crime, ainda mais de estupro, ser justificado em razão da vítima gostar de usar uma roupa curta ou de sair à noite, isso é inadmissível”, destacou.

A delegada Thalita Caldeira, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), alertou sobre os crimes que teriam sido praticados contra a adolescente. “Independente do contexto de festa, balada ou namoro, a relação sexual tem que ser sempre consentida e livre, sem qualquer tipo de violência e coação. O não é não! Além disso, o simples fato de registrar ato ou cena sexual envolvendo criança ou adolescente é crime”, reforçou Thalita.

Coertione

O nome dado à operação faz referência à forma como os atos foram praticados, considerou a delegada Letícia. “Coertione significa coerção, pois desde o primeiro momento a vítima foi coagida; sua vontade foi cerceada”, pontuou.

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