(Reprodução/Redes sociais)
Pela primeira vez desde a morte da campeã olímpica Walewska Oliveira, o marido Ricardo Mendes deu o primeiro depoimento sobre a tragédia que envolveu a ex-atleta. A estrela do vôlei caiu do 17º andar do prédio em que morava, em São Paulo, e foi velada em Belo Horizonte no último sábado (23). A polícia investiga a possibilidade de suicídio.
“Por todo o amor que eu tenho por ela, se eu soubesse que ela iria tomar essa decisão, eu anularia minha vida e os meus sentimentos para continuar com ela”, disse Ricardo em entrevista ao UOL. Segundo ele, na noite anterior, os dois discutiram sobre uma separação. Ao ser questionado por Walewska sobre estar estranho e distante, o viúvo respondeu que não dava para continuar um relacionamento no qual não havia mais amor. Ele diz que a campeã ficou introspectiva, quieta e foi dormir. “Eu esperava ela aceitar a separação numa boa”, contou.
O corretor afirma que, há três anos, após suposta tentativa de suícidio, Walewska disse a ele que estava passando por muitas coisas na vida dela e que até pensou em ‘fazer uma besteira’. A partir daí, o marido passou a se preocupar com a saúde mental da ex-jogadora, que fazia terapia há um ano. “Uma vez ela disse para mim: ‘Posso perder dinheiro, posso perder status, mas não posso perder você’, disse Ricardo, que achava essa sensação de posse preocupante.
No dia seguinte à última discussão do casal, ele chegou em casa após um dia de trabalho e ouviu o interfone tocar várias vezes. Não atendeu. Depois, recebeu mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha para avisar sobre a tragédia. “Meu chão abriu e eu desmoronei”, disse ele ao UOL. Segundo o boletim de ocorrência, Ricardo recebeu uma mensagem da esposa minutos antes da morte. No texto, ela fala sobre o relacionamento dos dois e a decisão do marido de se separar dela.
O viúvo não fez o reconhecimento do corpo e não compareceu ao enterro, além de ter sido acusado pela família de Walewska de não contribuir com os custos do velório. Segundo Ricardo, os familiares da mulher não permitiram que ele comparecesse. “Me tiraram o direito de me despedir do amor da minha vida. Estava com o bilhete aéreo emitido, um amigo da família disse que os pais dela orientaram eu não ir, até para preservar a todos pelo clima da tragédia”, disse ele.
*Estagiária sob supervisão de Valeska Amorim
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