Ainda não é o momento para se descuidar, principalmente para quem não completou o ciclo de vacinação contra a Covid-19. Apesar da flexibilização no uso de máscara, especialmente em lugares abertos, um estudo divulgado pelo Instituto Butantan, de São Paulo (SP), aponta para a importância de se manter a proteção facial.
Desenvolvido por pesquisadores americanos e publicado na revista científica "The Lancet Public Health", um estudo que usou modelo computacional comprovou que as máscaras ainda são capazes de evitar milhões de mortes, além de economizar bilhões de dólares com hospitalizações e tratamentos.
A pesquisa usou dados de cobertura vacinal com datas em que a meta foi atingida e que se flexibilizou o usa de máscaras. Os resultados mostram que contar apenas com a vacinação não é suficiente para barrar a transmissão do coronavírus e evitar casos mais graves de infecção.
Os autores usaram a meta de 80% de cobertura vacinal, que seria atingida nesse mês de março, e chegou a 6,29 milhões de casos e 138,7 mil hospitalizações evitados com a utilização das máscaras. Também não seriam gastos US$ 15 bilhões (cerca de R$ 76 bilhões) com tratamentos e medicamentos.
O estudo da "The Lance Public Health" conclui também que um tempo maior para se atingir a meta é diretamente proporcional à importância do uso de proteção facial. Se a meta de 80% fosse atingida em julho, por exemplo, seriam evitados 8,57 milhões de casos, 200 mil hospitalizações e 23,2 mil mortes.
Outro aspecto importante levantado pela simulação aponta que usar máscara duas a 10 semanas após alcançar o nível de cobertura vacinal desejável ajuda a controlar melhor as infecções, já que a transmissão não para imediatamente assim que a meta de cobertura é atingida.
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