Em Rio Paranaíba, foram resgatados 97 trabalhadores
Condições de trabalho análogo a escravidão (Divulgação/Ministério do Trabalho)
Mais de 500 trabalhadores foram resgatados em ação conjunta de combate a trabalho análogo a escravidão. Dos 532, 204 eram de Minas. Na sequência, Goiás (126), São Paulo (54), Piauí (42) e Maranhão (42).
As ações de fiscalização realizadas em agosto em todo o país resultaram no resgate desses trabalhadores. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o objetivo da Operação Resgate III é provocar a sociedade e o empresariado brasileiro de todos os segmentos sobre a questão dos direitos trabalhistas.
“Não é possível que a gente continue tendo empresas, instituições e pessoas físicas que coloquem o seres humanos sujeitos ao trabalho análogo à escravidão. É uma agressão aos direitos humanos, é inaceitável e precisamos dar um basta nisso”.
Em relação à operação realizada no ano passado, houve um aumento de 57,8% no número de trabalhadores resgatados.
Casos
A Operação Resgate encontrou 26 crianças e adolescentes submetidos ao trabalho infantil, sendo que seis também estavam em condições análogas à escravidão. Em uma colheita do alho em Rio Paranaíba (MG), foram resgatados 97 trabalhadores, entre eles seis adolescentes, sendo que uma estava grávida. Além de trabalharem sem carteira assinada e sem equipamentos de proteção, no ambiente de trabalho não havia banheiro suficientes, local para aquecimento da alimentação e cadeiras para os empregados se sentarem.
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