PF nas ruas

Minas é um dos alvos de operação que investiga invasão do Congresso

Da Redaçao*
portal@hojeemdia.com.br
08/02/2024 às 08:59.
Atualizado em 08/02/2024 às 09:13
Exército Brasileiro acompanha cumprimento de alguns mandados. (PF/Divulgação)

Exército Brasileiro acompanha cumprimento de alguns mandados. (PF/Divulgação)

Minas Gerais está entre os alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), com o objetivo de investigar uma organização criminosa que, segundo a corporação, atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente Jair Bolsonaro no poder.

Estão sendo cumpridos, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

Além do território mineiro, as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridas no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

“As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, completou a corporação.

Já o segundo eixo de atuação do grupo, de acordo com o comunicado, consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em “ambiente politicamente sensível”.

Por fim, a PF destacou que os fatos investigados configuram crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

*Com informações da Agência Brasil

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