Visual da Montana tem grande inspiração na Toro, mas GM afirma que está alinhada com a identidade visual da marca nos Estados Unidos (Divulgação)
A nova geração da Chevrolet Montana acaba de ser lançada, após uma gestação de quase dois anos, apresentações estáticas, seriados na internet, prêmio do BBB 23, dentre outras ações para mantê-la no imaginário do público. O modelo deixou de ser uma picape leve para ganhar porte intermediário.
O objetivo é concorrer com a Fiat Toro, líder desse segmento que se posiciona entre as leves e as médias. Mas a General Motors quer também tirar vendas da Strada, a líder geral de vendas no país.
E se a meta da GM é fazer volume, a Montana precisa ter preço. A picape será oferecida em quatro versões: Turbo 1.2 (manual), LT 1.2 (manual), LTZ 1.2 (automática) e Premier (automática). Os preços serão divulgados ainda nesta sexta-feira (10), quando será batido o martelo com os concessionários.
No entanto, durante a pré-venda, foram vendidas 2 mil unidades da LTZ e Premier com preços de R$ 134.490 e R$ 140.490. No entanto, não se sabe se eles serão mantidos na linha regular, uma vez que faziam parte de uma ação de lançamento. Mas o que é certo é que a Montana irá se posicionar abaixo da Toro e ter versões que competem com a Strada.
A picape
Com 4,72 m de comprimento, a Montana é cerca de 22 cm menor que a Toro, aproximadamente 27 cm maior que a Strada. Sua capacidade de carga varia de 600 kg a 638 kg. É a menor da praça.
A Strada Ranch ou Volcano, que utilizam motor 1.3 aspirado e caixa CVT, levam 600 kg, as demais são acima de 650 Kg. A Oroch Turbo também leva 650 kg e a Toro supera os 700 kg.
A Montana é equipada com motor 1.2 de 133 cv e 21,4 kgfm de torque, bem menos força e potência que Oroch (turbo) e Toro, que entregam 170 cv e 185 cv, na ordem.
Mas a GM não se importa com números inferiores. Ela afirma que o veículo foi desenvolvido para atender o consumidor que busca uma picape pelo estilo e não propriamente pela função. É um carro para rodar na cidade e passear com a família nos finais de semana.
Um dos pontos positivos da Montana está no acerto da suspensão, que é bem próximo de um carro de passeio, para não dizer que é praticamente igual ao Tracker, de quem ela deriva. Na traseira foram adicionados batentes reforçados para torná-la mais macia e confortável. Na prática, a suavidade da suspensão impressiona.
Seu motor também não decepciona: rodamos na cidade, rodovias e estrada de terra. Os 133 cv e os 21,4 kgfm de torque fazem dela uma picape espertinha.
Agora é esperar os preços atualizados. Afinal, se o consumidor não quer saber de carregar peso, mas apenas exibir uma caçamba lustrosa, o preço é fundamental para compensar o que ela não oferece.
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