O papa Francisco decidiu acabar com os descontos e com a gratuidade dos aluguéis de administradores e cardeais que vivem no Vaticano, em Roma, na Itália, como forma de economizar o dinheiro da Igreja Católica.

Segundo a Agência Católica de Notícias, a partir desta quarta-feira (1º), cardeais e outros funcionários do alto escalão que vivem no Vaticano não poderão mais morar gratuitamente ou com preços especiais nos apartamentos de propriedade da Santa Sé.

A Igreja possui inúmeros imóveis dentro e fora dos muros do Vaticano. Os apartamentos são geridos principalmente pela Administração do Património da Sé Apostólica.

De acordo com a agência, a decisão do papa de retirar os benefícios de moradia foi comunicada em nota divulgada pelo novo secretário de Economia do Vaticano, Maximino Caballero Ledo. A nota, chamada “rescriptum ex audientia”, foi afixada no pátio San Damaso, dentro da Cidade do Vaticano.

O documento, publicado após reunião do secretário com o papa Francisco, em 13 de fevereiro, afirma que as vantagens de moradia para altos funcionários do Vaticano estão sendo cortadas para atender às crescentes necessidades da Igreja diante de um contexto econômico “de particular gravidade”.

Citada pela Agência Católica de Notícias, a nota de Maximino Ledo pede “a todos que façam um sacrifício extraordinário para destinar mais recursos à missão da Santa Sé, aumentando as receitas da gestão do patrimônio imobiliário”.

Essa decisão sobre os aluguéis surge dois anos após Francisco anunciar que cortaria em 10% os salários dos cardeais, em março de 2021. Os ganhos de outros altos funcionários da Santa Sé e do governo da Cidade do Vaticano também foram reduzidos em 8%. Alguns clérigos e religiosos empregados pela Igreja tiveram seus salários reduzidos em 3%.

Ainda conforme a nota de Ledo, os novos contratos de aluguel terão que ser oferecidos pelo preço integral. Somente o papa poderá conceder exceções.

Cardeais, chefes de dicastérios, presidentes, secretários, subsecretários, gerentes e auditores do Tribunal da Rota Romana foram afetados pela nova política habitacional, revela a agência de notícias.

Até a casa de hóspedes Santa Marta, onde Francisco mora, terá de cumprir a regra.

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