Operação da PF

Policial civil suspeito de ligação com PCC se entrega

Ele e mais sete podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais

Agência Brasil
Publicado em 23/12/2024 às 16:03.Atualizado em 23/12/2024 às 16:20.

O policial civil Rogério de Almeida Felício, investigado na Operação Tacitus, da Polícia Federal (PF), se entregou nesta segunda-feira (23) às autoridades. O agente estava foragido e se apresentou na sede do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 6 (Deinter 6), em Santos. Ele será encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil em São Paulo. 

Felício é um dos policiais civis suspeitos de beneficiar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Além dele, são alvo da operação, com apuração ainda em curso, o delegado Fábio Baena Martin, os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Rogério de Almeida Felício e Marcelo Ruggieri, Marcelo Bombom. Também fariam parte do esquema Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura. 

Na última terça-feira (17), oito deles foram presos. Os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.

A Operação Tacitus contou com a atuação de 130 policiais federais e abrangeu, além da capital paulista, os municípios de Ubatuba, Igaratá e Bragança Paulista. No dia de sua deflagração, foram cumpridos, ainda, 13 mandados de busca e apreensão. O nome Tacitus foi escolhido pela PF por significar, em latim, “silencioso” ou “não dito”, uma alusão ao modo de atuar da organização criminosa.

A investigação apontou os crimes de lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva). A quadrilha beneficiaria integrantes do PCC, facção criminosa, com o vazamento de informações relacionadas a investigações. 

Um dos pontos-chave de que partiram as autoridades policiais à frente do caso foi a colaboração, feita mediante delação premiada, de Vinícius Gritzbach, que detalhou como se davam os atos de corrupção. O delator foi executado em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Em nota enviada à Agência Brasil, a Polícia Civil afirmou ser "uma instituição legalista e não compactua com desvios de conduta".

"A força-tarefa criada para investigar o homicídio ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos segue em diligências para esclarecer o caso, e as corregedorias das polícias Civil e Militar colaboram com as apurações para que todos os agentes envolvidos sejam punidos conforme a lei."

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