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A oferta de eletricidade gerada a partir de fontes de energia limpa deve dobrar nos próximos oito anos, no planeta, para limitar o aumento da temperatura global, afirma o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta terça-feira (11).
Segundo o documento da agência especializada das Nações Unidas (ONU), os investimentos nesse segmento de matriz energética precisam ser triplicados “para colocar o mundo no caminho de emissão líquida zero até 2050”, declarou a organização diante das recomendações de agências internacionais.
Caso isso não aconteça, o risco é que as mudanças climáticas, o clima mais extremo e o estresse hídrico prejudiquem a segurança energética e até o fornecimento de energia renovável em nível global, afirma a OMM.
Segundo o secretário-geral da agência, Petteri Taalas, o setor energético gera cerca de três quartos das emissões globais de gases de efeito estufa.
A Organização Meteorológica Mundial coordenou a análise, que defende a relevância do acesso a informações e serviços confiáveis sobre tempo, água e clima para reforçar a resiliência da infraestrutura energética e atender a demanda que cresceu 30% na última década.
O tempo e a mudança do clima são os desafios que requerem uma transformação completa do sistema energético global, com a transição para formas limpas como solar, eólica e hidrelétrica.
O relatório anual da OMM estima que, até 2050, as necessidades globais de eletricidade irão aumentar. E a eletrificação é uma alavanca estratégica para atingir as metas de neutralidade de carbono que requerem energia renovável, com destaque para a solar.
O levantamento, segundo a ONU, cita o baixo investimento em energia renovável, especialmente nos países em desenvolvimento. A análise destaca que a mudança climática afeta diretamente o fornecimento de combustível, a produção de energia e a resiliência física da infraestrutura energética atual e futura.
Segundo a agência da ONU, ondas de calor e secas pressionam a geração de energia, tornando ainda mais importante a redução da emissão de combustíveis fósseis, diante do impacto de eventos climáticos, hídricos e climáticos extremos que, agora, estão mais frequentes e intensos.
O relatório destaca ainda que um terço das usinas termelétricas que dependem da disponibilidade de água doce para resfriamento está em áreas de alto estresse hídrico. O mesmo ocorre em 15% das usinas nucleares existentes, uma parcela que deverá aumentar para 25% nos próximos 20 anos.
(*) Com informações da ONU
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