'Fofocas'

Soraya Thronicke acusa 'movimento orquestrado' contra CPI das Bets e vai acionar PF

Declarações da senadora foram feitas no início da reunião desta terça

Agência Senado
Publicado em 17/12/2024 às 16:25.Atualizado em 17/12/2024 às 16:28.
Soraya classificou as alegações como "fofocas" (Roque de Sá/Agência Senado)
Soraya classificou as alegações como "fofocas" (Roque de Sá/Agência Senado)

A relatora da CPI das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), rechaçou nesta terça-feira (17) matérias jornalísticas que tratam de tentativa de extorsão contra possíveis depoentes. Soraya classificou as alegações como "fofocas" e "claro movimento orquestrado para desviar o foco" da comissão, além de "descredibilizar" o trabalho da relatoria. As declarações da senadora foram feitas no início da reunião da CPI desta terça.

Na semana passada, a revista Veja reportou que o lobista Silvio de Assis teria pedido R$ 40 milhões a um empresário para evitar a sua convocação pela CPI. Silvio também negou as acusações e alegou estar acompanhando a comissão para produzir um documentário sobre o setor de apostas. Ele já foi preso pela Polícia Federal em 2018 por corrupção e também esteve no radar da CPI da Pandemia, em 2021.

“Diante das graves denúncias, procurei o diretor-geral da Polícia Federal me colocando inteiramente à disposição, autorizando inclusive a quebra dos meus sigilos fiscais, bancários e telemáticos. Pedi também a realização de uma acareação entre os citados. Peço que os parlamentares citados façam o mesmo. Afinal, quem não deve, não teme, e nem treme. Essas fofocas são, sem dúvida, um claro movimento orquestrado para desviar o foco e enfraquecer o trabalho desta CPI”, afirmou a senadora.

Ela ainda acrescentou que vai buscar identificar os acusadores para que eles respondam por tentativa de obstrução da investigação da CPI, denunciação caluniosa e crimes contra a honra. Soraya reforçou que seguirá na "missão" de investigar irregularidades nas apostas online, principalmente em relação ao impacto financeiro nas famílias e possíveis vínculos com organizações criminosas e prática de sonegação fiscal.

“A Constituição nos assegura a imunidade parlamentar, que é essencial para que possamos exercer nossos mandatos com liberdade, protegidos de perseguições e calúnias infundadas. Quando sou atacada de forma injusta e covarde, quando tentam me vincular a insinuações sem provas, faço uso desse direito para assegurar que a verdade prevaleça e que a minha honra seja preservada”, disse ela.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), vice-presidente da CPI, informou que já solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que instaure processo investigativo sobre o mesmo assunto. Ele também rechaçou acusações que envolvam o seu nome ou que venham a colocar em cheque a atuação da CPI, e pediu que o Senado "se dê ao respeito" de apurar devidamente os fatos.

“Eu espero que [a PGR] instaure o inquérito, faça os levantamentos necessários e, se alguém fez alguma coisa errada, que seja duramente punido. Não podemos tolerar esse tipo de coisa. Ainda mais quando estamos apurando uma atividade que envolve bilhões de reais, que drena recursos da saúde, da economia popular, que claramente tem indícios de crime, de lavagem, de envolvimento de agentes públicos”.

Leia mais 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por