Não pode ser beneficiado

Toffoli nega pedido para encerrar processo da Lava Jato contra ex-deputado Eduardo Cunha

Defesa de ex-deputado se baseou em decisão sobre parcialidade de Moro

Agência Brasil
Publicado em 06/11/2024 às 18:32.Atualizado em 06/11/2024 às 18:34.
No Supremo, condenação de Cunha já foi anulada, no entanto, os processos foram enviados para a Justiça Eleitoral do Rio (Arquivo/Agência Brasil)
No Supremo, condenação de Cunha já foi anulada, no entanto, os processos foram enviados para a Justiça Eleitoral do Rio (Arquivo/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou nesta quarta-feira (6) pedido do ex-deputado federal Eduardo Cunha para encerrar o processo que tramita contra ele na Operação Lava Jato.

A defesa de Cunha recorreu ao Supremo para anular o processo em função da decisão que reconheceu a parcialidade do então juiz Sergio Moro para julgar os processos oriundos da Lava Jato. Com base no entendimento, diversas sentenças de condenados foram anuladas pela Corte.

Ao analisar o caso, Dias Toffoli entendeu que Cunha não pode ser beneficiado pela anulação. Para o ministro, a situação jurídica do ex-parlamentar não é mesma dos demais acusados.

"Trata-se de questões estranhas ao julgado cuja extensão de efeitos se busca, não havendo a aderência necessária ao deferimento do pedido", decidiu o ministro.

No Supremo, a condenação de Cunha já foi anulada, no entanto, os processos foram enviados para a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro.

A condenação envolve acusação de que Cunha teria recebido propina proveniente de contratos da Petrobras para a construção de navios-sonda. Nesse caso, ele foi condenado a 15 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

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