O tribunal francês absolveu, nesta segunda-feira (17), as empresas Air France e Airbus pelo acidente do voo 447, ocorrido em 2009. A companhia aérea e a fabricante da aeronave eram julgadas pelo homicídio culposo dos 228 passageiros e funcionários que estavam a bordo do avião quando caiu. O tribunal considerou que, apesar das falhas apontadas, não foram mostradas relações com as empresas. 

O julgamento durou nove semanas e terminou em dezembro de 2022. Apesar dos apelos das famílias das vítimas, os promotores de Paris reconheceram que a culpa formal não pôde ser provada. Caso condenadas, as empresas teria, que pagar mais de 220 mil euros por vítima como multa

Encontradas cerca de dois anos após o acidente, as caixas-pretas do A330 mostraram que os pilotos responderam de forma incorreta a um problema envolvendo sensores de velocidade congelados e caíram em queda livre sem responder aos alertas de estol.

O julgamento também destacou discussões anteriores entre a Air France e a Airbus sobre problemas crescentes com os “tubos de pitot”. A ferramenta congelou durante o voo e causou toda a pane no sistema.

Ambas as empresas se declararam inocentes.

No anúncio da decisão, juiz do tribunal listou vários atos de negligência das empresas, mas disse que eles ficaram aquém da certeza necessária para estabelecer responsabilidade firme pelo pior desastre aéreo da história da França.

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