Homenagem

Ziraldo natalino: selos com ilustrações do cartunista mineiro serão lançados pelos Correios

Série especial traz imagens garimpadas no Instituto Ziraldo e será lançada na quinta, data de aniversário do multiartista

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 21/10/2024 às 20:55.Atualizado em 22/10/2024 às 12:25.

Na próxima quinta-feira (24), quando o cartunista, chargista e escritor Ziraldo completaria 92 anos, os Correios lançarão uma série de quatro selos natalinos em homenagem ao multiartista mineiro. O legado do criador do Menino Maluquinho será destacado. 

A tiragem será de 160 mil exemplares, com valor facial de R$ 2,55. Os selos medem 30 x 40mm, com impressão em papel cuchê gomado, a cargo da Casa da Moeda do Brasil. As técnicas usadas nas ilustrações são nanquim, aquarela líquida, lápis de cor e pintura digital.

O produtor Tarcisio Vidigal, da Filmes de Minas, e a equipe do Instituto Ziraldo selecionaram no acervo da instituição quatro desenhos de diversas épocas para ilustrar a nova série. O primeiro selo traz um Papai Noel desenhado na década de 1970 que, segundo o relato do próprio Ziraldo no livro “40-55, Itinerário de um artista gráfico”, é o desenho “mais solto e bem resolvido” que ele já fez do Bom Velhinho.

Outro selo reproduz a capa da revista “A Turma do Pererê” de 1975, adaptada para o Natal de 2024. O terceiro selo apresenta a ideia, feita a lápis de cor, do Menino Maluquinho para um Natal do fim dos anos 1990. O quarto selo exibe um desenho original criado para o cartaz da 41ª Feira da Providência, de 2001.

Cartunista, chargista e escritor mineiro

O cartunista morreu em 6 de abril, no Rio de Janeiro, aos 91 anos. Natural de Caratinga, é considerado um dos principais artistas do país, sendo autor de livros como Flicts, O Bichinho da Maçã e Menina Nina.

Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, Ziraldo enveredou desde cedo por atividades que exploravam a criatividade, talento revelado já na infância através de seus desenhos. 

Em 1957 passou a publicar regularmente na revista A Cigana e, no ano seguinte, mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar na revista O Cruzeiro Internacional. 

Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, ao lado de Jaguar, Claudius e Sérgio Cabral, entre outros, publicado de 1969 a 1991. Como sempre expressou suas posições políticas, durante a Ditadura Militar no país, foi preso diversas vezes.

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