Gigantesco, Fiat Freemont vale o quanto pesa, literalmente

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
05/10/2014 às 07:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:28
 (Fiat/Intervenção HD)

(Fiat/Intervenção HD)

O brasileiro vive um caso de amor com os utilitários-esportivos (SUV). Basta entrar nos sites dos fabricantes e importadores para se deparar com um enorme leque de opções. Para conseguir destaque, cada marca lança mão de estratégias importantes para o consumidor, como design, percepção de marca, aplicação, conjunto mecânico e conteúdo. O Fiat Freemont apostou no último quesito.


Andamos na versão Precision desse gigante. O utilitário se posiciona no topo da gama Fiat e disputa terreno com jipões de apelo urbano, entre eles Chevrolet Captiva, Honda CR-V, Toyota RAV4, Hyundai iX35 e outros na faixa dos R$ 100 mil.


Para não brigar com o Journey (modelo da Dodge que lhe serve de base), que parte dos R$ 112 mil e é equipado com motor V6 3.6 litros, de 280 cv, o SUV italiano recorre a uma unidade 2.4 litros 16v de 172 cv e 22,4 mkfg de torque, conectado a uma transmissão automática de seis marchas, que funcionaria muito bem em um sedã médio, mas é insuficiente num paquiderme de 1.755 quilos.


Dessa forma, para extrair agilidade do Freemont é preciso pisar com vontade no acelerador. E o pé embaixo reflete diretamente na autonomia. Na cidade, a média de consumo ficou na casa dos 5,9 km/l. Vale lembrar que ele só bebe gasolina.
Mas é possível melhorar os números desse gigante feito no México. Por ser pesado e contar com uma sexta marcha alongada (que atua como overdrive), é possível trafegar numa via expressa fazendo uso da inércia e triscando o pé no pedal da direita para manter a velocidade. O problema é que essas condições só existem na madrugada.


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Se o conjunto mecânico do jipão não se sobressai, o pacote de conteúdo desse Fiat chama a atenção. O acabamento é de boa qualidade, com emprego de material emborrachado e revestimento em couro nos bancos. O sistema U-Connect integra funções de navegação, telefonia, além de gerenciar o ar-condicionado e até mesmo o aquecimento dos bancos.


Grandalhão, há espaço de sobra para os cinco ocupantes das duas primeiras fileiras. Quem vai na terceira não tem tanto espaço. Destaque para o mecanismo de rebatimento da última fila, que desloca os encostos de cabeça automaticamente e torna o piso do porta-malas plano. Outro ponto interessante é que há dutos de refrigeração para todas fileiras, inclusive com controle independente de circulação.


Nos Estados Unidos o Journey foi pensado como opção familiar e no Freemont não é diferente, além dos porta-objetos convencionais, há um compartimento sobre o assento do passageiro da frente, dois sob o assoalho, nos pés de quem viaja na segunda fileira e um terceiro próximo a tampa do porta-malas.


Para o consumidor que faz questão de espaço e conteúdo, e não liga para desempenho, é a melhor opção até R$ 100 mil. 

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