O dia mais aguardado do julgamento do goleiro Bruno Fernandes chegou. O atleta finalmente deve falar nesta quarta-feira (6) a partir das 13h, quando devem ser iniciadas as atividades no fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH.

O advogado dele, Lúcio Adolfo, prometeu declarações "bombásticas" e já adiantou que o réu não deve responder às perguntas da acusação. Bruno Fernandes, porém, poderá ser questionado pelos jurados.

As cinco mulheres e os dois homens que compõem o COnselho de Sentença poderão escrever perguntas e entregar à juíza Marixa Fabiane. Por sua vez, a magistrada irá avaliar a procedência e a necessidade das perguntas. Se forem consideradas válidas e importantes para o julgamento, elas serão feitas a Bruno.

O goleiro não é obrigado a responder às perguntas dos jurados e nem mesmo às da juíza. "Mas ele deveria considerar que está sendo julgado por pessoas comuns da sociedade. Essa é a chance dele se defender, é no mínimo estranho ficar calado. Pode seguir a máxima do "quem cala consente", afirmou.

Embora a grande expectativa seja o depoimento do goleiro, há uma - pequena chance - de que os debates sejam iniciados nesta quarta-feira (6). Isso porque se o goleiro optar por não responder à juíza, nem à acusação e à defesa - a magistrada não deve permitir o tempo ocioso e dar início à fase de debates. As previsões são do assistente de acusação Cidney Karpisnki.

"E se isso acontecer, depois que os debates começarem não podem ser interrompidos", afirmou. A acusação tem 2h30 para argumentar e a defesa também. Em seguida, pode haver a réplica que pode durar 1h30. Caso a defesa considere necessário poderá utilizar um tempo ainda para a tréplica. A expectativa é de que esse período dure 9 horas.

Acordo e confissão

Ainda de acordo com Karpinski, Bruno não precisa confessar ter sido o mandante da morte da ex Eliza Samudio. "Já temos provas fortes e contradições que já falam por si contra ele", afirmou.

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