Os partidos conservadores aliados da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, não elevarão impostos nem aumentarão os empréstimos para financiar os novos gastos extras do governo com infraestrutura e educação, afirmou Hermann Groehe, secretário-geral da União Democrata Cristão (CDU).
A afirmação foi feita depois de o CDU e a União Social Cristã (CSU) iniciarem negociações com o Partido Social Democrata (SPD) para formação de uma "grande coalizão" para governar o país. Segundo Groehe, as principais metas de seu partido são a estabilidade do euro, uma política orçamentária sustentável na Alemanha e na Europa, o fortalecimento da economia do país e a manutenção dos níveis altos de emprego.
"Isso significa que, com relação à questão de financiamento, nós rejeitamos a opção de aumentar impostos ou assumir novas dívidas", disse Groehe. Na campanha para as eleições realizadas em setembro, o aumento de impostos sobre as maiores rendas era uma das principais demandas do SPD, mas o partido não incluiu isso na lista de concessões "não negociáveis" exigidas ontem dos partidos conservadores.
O SPD afirmava que está propondo aumentos de impostos para impulsionar os investimentos em educação e infraestrutura e para reduzir as dívidas do governo. Agora o partido espera que os conservadores façam propostas alternativas de financiamento.
Entre as exigências do SPD para negociar uma coalizão com os aliados de Merkel estão um salário mínimo geral de 8,50 euros por hora, maior flexibilidade na idade para aposentadoria e pagamentos iguais para mulheres e homens. O SPD também quer uma estratégia europeia de crescimento e de emprego e uma regulamentação mais rígida para o mercado financeiro. Fonte: Dow Jones Newswires.