Governo argentino recorre para suspender liminar que beneficia Grupo Clarin

Monica Yanakiew - Agência Brasil
Publicado em 07/12/2012 às 15:14.Atualizado em 21/11/2021 às 19:11.

 

BUENOS AIRES – O governo argentino recorreu à Justiça para derrubar a liminar concedida Grupo Clarin que impede a aplicação da nova Lei de Meios, prevista para esta sexta-feira (7). O grupo é o maior conglomerado de mídia do país, e é avaliado como integrante da oposição.
 
O governo vem há meses anunciando que o dia 7 de dezembro – batizado de 7D – marcaria o começo do fim dos monopólios de comunicação, especialmente o do Clarin. O grupo tem 240 licenças de TV a cabo, jornais, emissoras de rádio, canais abertos de televisão, além de prestar serviços de provedor de internet.
 
Mas, uma decisão judicial, na véspera, mudou seus planos do governo. A Câmara Civil e Comercial Federal decidiu, na quinta-feira (6), prorrogar a liminar concedida Grupo Clarin, que questiona a constitucionalidade de dois artigos da Lei de Meios, aprovada em 2009.
 
A liminar, que vencia nesta sexta-feira, será mantida até que a Justiça decida sobre o mérito da questão. Ou seja, se os artigos 45 e 161 de fato violam os direitos adquiridos e a liberdade de expressão. O governo apelou, entrando com dois recursos – um na Câmara Civil e Comercial Federal e outro na Suprema Corte – pedindo que anulem a prorrogação da liminar.
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