Governo da Venezuela envia comissão para investigar massacre de ianomamis

31/08/2012 às 18:03.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:55

CARACAS - A Venezuela enviou uma comissão multidisciplinar a comunidades de índios ianomami que moram no estado do Amazonas (sul) para investigar a suposta matança de 80 destes aborígenes por garimpeiros ilegais brasileiros, informou o governo nesta sexta-feira (31). Membros da promotoria, da polícia científica (CICPC) e das Forças Armadas "estão visitando neste momento as nove comunidades ianomamis" assentadas no município de Alto Orinoco, no Amazonas, na fronteira com o Brasil, para investigar a suposta matança, que foi denunciada na segunda-feira (27) por organizações indígenas, informou o ministro do Interior, Tareck El Aissami, ao canal oficial VTV.   O encarregado afirmou que sete das nove comunidades já foram contatadas na quinta-feira pelas autoridades, através de um porta-voz ianomami, e se comprovou que não sofreram "nenhuma violência".   Mas nas outras duas restantes ainda "se desconhece se este fato ocorreu", devido a que "não há possibilidade de contato, nem por rádio, nem por telefone" porque ficam mais ao sul, acrescentou El Aissami, justificando que por isto foi enviada a comissão. "Nós, imediatamente assim que as comissões retornarem (...), estaremos dando um informe oficial da visita", acrescentou.   Após receber denúncia, na segunda-feira, da Horonami Organização Yanomami (HOY), a promotoria iniciou na quarta-feira uma investigação de suposto massacre, que teria ocorrido em 5 de julho na comunidade ianomami Irotatheri.   A HOY denunciou à promotoria e a outros organismos que garimpeiros ilegais atiraram e lançaram explosivos de um helicóptero contra uma cabana, "onde aproximadamente 80 pessoas" viviam, disse à AFP seu secretário-executivo, Luis Ahiwei.

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