Governo de Minas quer mais investimentos privados

Jornal O Norte
09/10/2007 às 17:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:19

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Entrar para o mercado com ares de competitividade. É assim que produtores de ovinos e caprinos esperam organizar a cadeia produtiva e ainda montar um frigorífico para atender a demanda e comercializar a carne para os estabelecimentos. O anseio de crescer perfaz a vontade de todos os produtores da região que acreditam numa reação no preço da arroba do boi e da valorização dos preços dos produtos da agricultura.

Em Montes Claros,a Accomontes- Associação dos criadores de caprinos e ovinos do Norte de Minas, que já é portadora do selo Berro Norte, entrega peças de carne para estabelecimentos locais, como o frigorífico Maisa. Pelo que parece, o interesse pela carne tem crescido a cada dia que passa. A Associação, junto com órgãos orientadores como o Sebrae, tem visto na prática que organização é realmente sinônimo de ascensão mercadológica.

- Nosso objetivo é crescer e seria apropriado que tivéssemos um local para abater nossos animais. Hoje, conseguimos até um comprador que paga um pouco mais pelo quilo do animal vivo. O negócio está caminhando, há casos em que um animal ou sua arroba sai próximo a R$ 98. Prova de que é possível ter lucros na ovinocaprinocultura - salientou a presidente da Accomontes, Maria Idalina Almeida.

Para Gilman Viana, secretário da Agricultura de Minas Gerais, presente ao Fórum Oportunidades de Investimento Privado no Norte de Minas, é preciso apontar se há viabilidade econômica em qualquer atividade, independente de ser a ovinocaprinocultura. Isso porque a região é detentora de um potencial econômico grande e dispõe de um leque de atividades que podem e já melhoram a vida de milhares de norte-mineiros.

- Se nos mostrar que há viabilidade, com certeza faremos o possível para estudar medidas que contribuam com o desenvolvimento das cadeias produtivas em questão - disse.

INVESTIMENTOS

Prestes a tornar o Norte de Minas um produtor considerável de oleaginosas, o secretariado do governo de Minas acredita que ainda é preciso que haja mais investimentos privados. No Projeto Jaíba, Vittório Mediolli, proprietário da Sada Bioenergia, de acordo com o representante da Secretaria estadual de Ciências e Tecnologia, Marcelo Franco, conseguiu por meio de emenda parlamentar recursos da ordem de R$ 1,2 milhão para aplicar na compra de equipamentos para esmagar as sementes das oleaginosas. Outros investimentos privados, como quer o governo Aécio Neves, têm aos poucos acontecido no Jaíba, ambiente propício e convidativo - na visão de especialistas - para se obter lucros gerando emprego e renda. A Expectativa da Sada é ter em breve uma área de cana equivalente a 450 mil hectares, sem contar com o plantio de oleaginosas para obtenção do biodiesel, planos semelhantes a do grupo Iba Agroindustrial, que além de oleaginosas, planta café com êxito na parceria firmada com agricultores familiares.

Depois da divulgação do diagnóstico dos cientistas sobre o que está acontecendo com as calotas de gelo e com devastação do meio ambiente, especialistas apostam no combustível renovável como um freio para emissão de gases poluentes à camada de ozônio.

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