A uma semana de receber a visita do Escritório Internacional de Exposições (BIE, na sigla em francês) de Paris, que vem inspecionar São Paulo como candidata a cidade-sede da Expo 2020, o governo federal liberou R$ 680 milhões para as desapropriações necessárias à construção do Piritubão, centro de exposições que será construído na zona norte de São Paulo.
Embora a candidatura de São Paulo já tenha sido oficializada ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD) - que levou o então prefeito eleito Fernando Haddad (PT) para o lançamento em Paris em novembro -, um novo evento acontece hoje na capital paulista para apresentação de um "dossiê final" da proposta, com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, e com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo Haddad, o importante agora é unir as três esferas de governo para mostrar que São Paulo tem um projeto sólido para sediar a exposição, uma feira mundial de negócios com seis meses de duração que funciona como vitrine para a cidade. Em junho, uma comitiva vai de novo a Paris fazer mais uma defesa.
"Vamos levar a Paris um projeto amadurecido e alinhado. É importante sinalizar para o mundo que o País está unido em torno desse projeto. Foi assim que trouxemos a Olimpíada e a Copa para o Brasil, mostrando coerência e firmeza de propósitos", disse o prefeito.
"O exemplo para Pirituba deve ser a Expo Mundial de Lisboa, realizada em 1998 em uma região então em baixa, quase degradada, e que foi revitalizada pelo evento e passou por um boom habitacional e econômico", disse o ministro do Turismo.
Por enquanto, o Estado dá apenas o apoio moral para a candidatura, mas Haddad sinalizou que quer medidas mais concretas. "Tem uma etapa subsequente que envolve o próprio terreno do governo do Estado no local e obras de infraestrutura de acesso. Ali, evidentemente toda a modernização da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) será importante, se vai haver monotrilho a partir da Brasilândia. O acesso à Bandeirantes é essencial", diz o prefeito.
Haddad nega que as obras de infraestrutura e a própria construção do Piritubão estejam condicionadas à vitória de São Paulo como sede da Expo 2020. "O que a vitória representa é um prazo máximo para ficar pronto. Você dispara os investimentos porque os prazos começam a correr", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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