Governo propõe recompor salários de profissionais da segurança em quatro anos, mas categoria rejeita

Juliana Baeta e Anderson Rocha
Publicado em 16/09/2019 às 21:00.Atualizado em 05/09/2021 às 21:48.

Após os protestos de profissionais da segurança pública na Cidade Administrativa nessa segunda-feira (16), o governo decidiu se reunir com a categoria para negociar um cronograma de recomposição salarial para ser aplicado a partir do ano que vem. No entanto, a categoria rejeitou a proposta e marcou um novo ato para as 14h desta quinta-feira (19) na Cidade Administrativa.  

Em nota, o governo "reconhece a legitimidade do pleito das forças de segurança e as perdas salariais acumuladas entre janeiro de 2015 e agosto de 2019, no percentual de 28,82%, e assume o compromisso de recompor as perdas inflacionárias apuradas entre setembro de 2019 e dezembro de 2022. 

Desta forma, a proposta do Executivo é fazer a recomposição das perdas inflacionárias a cada ano, a partir de setembro do ano que vem e até março de 2023. Os índices de recomposição somente serão divulgados nestas datas. São elas:

- setembro de 2020
- setembro de 2021
- setembro de 2022
- março de 2023

Por meio de nota, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, informou que o motivo de um novo protesto é que o "governo reconhece as perdas inflacionárias, porém, remete para setembro de 2020 a primeira data e sem percentual da reposição salarial".  

Já conforme o governo, "a grave situação econômica, com restos a pagar de R$ 34,5 bilhões e um déficit orçamentário projetado para 2019 de R$ 15 bilhões, infelizmente torna inviável a fixação antecipada dos índices de reajuste a serem concedidos. Um aumento nas despesas do Estado representaria agravar a falta de medicamentos para a população, precarizar ainda mais a prestação de serviços nas áreas de educação e na própria segurança pública". 

Nessa segunda, uma comissão representativa de diferentes setores da segurança pública se reuniu a portas fechadas com o secretário de planejamento e gestão, Otto Alexandre Levy Rei, enquanto, do lado de fora, os manifestantes aguardaram o resultado da negociação.

O protesto de policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários e bombeiros de Minas Gerais teve início na manhã de segunda e se estendeu até a noite. 

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