O governo da Turquia reagiu com cautela ao cessar-fogo convocado pelos rebeldes curdos. O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan declarou nesta quinta-feira que o Exército da Turquia vai encerrar as operações contra os rebeldes curdos se eles interromperem os combates, depois de o líder do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, na sigla em curdo), Abdullah Ocalan, ter pedido um cessar-fogo.
"Se não houver mais ações armadas, nossas tropas não realizarão ações armadas", disse Erdogan aos jornalistas na Holanda. "Eu vejo (o chamado) como um progresso positivo, mas é sua implementação que é importante", afirmou Erdogan. "Precisamos ver de que maneira os rebeldes responderão a isso."
Rebeldes curdos declararam cessar-fogo no passado, mas eles foram ignorados pelo Estado, que prometeu combater o PKK até o fim. O governo de Erdogan também admitiu ter realizado fracassadas conversações secretas com o grupo nos últimos anos, mas sua mais recente tentativa, feita de forma pública e com grande participação de Ocalan, elevou as expectativas de um acordo. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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