Há nove meses, a jornalista Tatiana Foureaux Ministério, de 28 anos, recebeu a melhor notícia: estava grávida. Mas a despeito da emoção e dos preparativos, a novidade veio acompanhada de uma sequência de dores pelo corpo da futura mamãe.

Costas, ombros, pernas e, por último, pés. Um misto de dor e desconforto e a desagradável sensação de carregar o mundo. Assim como Tatiana, a maioria das grávidas sentem as “dores da gestação”.

Segundo o obstetra Maurílio Trigueiro, presidente do Comitê de Assistência Obstétrica de Risco Habitual da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), o incômodo é resultado das alterações hormonais e da adaptação do corpo para a chegada do bebê. “A variação da dor, em tipo e intensidade, é que muda conforme o ganho de peso da mulher e condicionamento físico”, explica.

Desde o início
 
No caso da jornalista, que deu à luz Elisa, no último dia 1º, os desconfortos que surgiram no primeiro mês de gestação foram persistentes.

“No início, eram dores muito fortes na lombar e nos ombros. Agora, sinto câimbras constantes nas pernas e um desconforto muito grande na região pélvica”, diz. Para amenizar o problema, ela fez sessões de fisioterapia durante três meses e alongamento em casa.

A iniciativa associada à correção postural, à prática de atividades físicas sob acompanhamento médico e ao controle do ganho de peso são as recomendações do ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha para controlar as dores da gestação.

Às mulheres com dores, ele sugere uso de cadeiras com encosto e apoio nos braços, que garantem melhor posicionamento do corpo e não sobrecarregam a coluna. “Para dormir, deite-se do lado esquerdo, evitando a compressão da artéria venosa”.

Dicas simples como usar um travesseiro entre as pernas, um rolinho macio entre as costas e o encosto da cadeira e meias de moderada compressão também são valiosas.

Mas fique atenta: dores agudas associadas a febre, sangramentos ou desmaios são sinal de alerta. Nesses casos, procure um médico

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