Um grupo de aproximadamente 150 pessoas que costumam correr ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, promoveu um ato na manhã deste sábado para cobrar mais segurança na região e homenagear o médico Jaime Gold, que morreu após ser esfaqueado enquanto pedalava na Lagoa na última terça-feira. Os manifestantes são alunos de empresas que orientam as atividades físicas, oferecendo técnicos e mantendo barracas com água e alimentos em trechos da Lagoa, do Aterro e de outros lugares frequentados por atletas.
"Quando me mudei para o Rio, em 2002, me sentia bem mais seguro do que em São Paulo, onde morava até então. Hoje, na maioria dos lugares cariocas, tenho a mesma sensação de insegurança que tinha lá", conta o administrador de empresas Luiz Felipe Bessa, de 55 anos, que levou ao ato um cartaz com a foto do Cristo Redentor envolto em uma faixa preta indicativa de luto. "Há um ano deixei de correr no Aterro, e agora me afastei da Lagoa. Estou correndo na praia do Leblon (zona sul), que até agora não tem sido alvo dos ladrões", diz o morador do Flamengo, também na zona sul. Bessa nunca foi assaltado no Rio. "Já tive o celular furtado, no centro, mas não fiquei com medo. Agora a situação é mais grave", avalia.
O grupo, que também lançou um abaixo assinado pelas redes sociais em que cobra mais policiamento no Rio, fez um minuto de silêncio em homenagem ao ciclista morto e em seguida deu uma volta completa pela Lagoa. Antes, treinadores das equipes discursaram alertando os corredores e ciclistas a não praticar atividades físicas sozinhos, preferir realizá-las durante o dia e não expor objetos de valor durante a prática.
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