Janaína Gonçalves
Repórter
Dez de julho é o dia da pizza. Um símbolo da gastronomia italiana que ganhou tradição e fez com que o Brasil se tornasse o segundo consumidor do produto. Apesar de o paulistano estar como clientes fiéis, no Norte de Minas os sabores variados chegaram para ficar.
- A praticidade é inegável. A pizza é simples, prática e rápida - diz Silvânio Tolentino Câmara, dono da Quero Pizza, a mais famosa de Montes Claros.
Para o proprietário, a pizza é um produto que se popularizou rapidamente, devido ao fácil acesso e ao preço.
– A variedade do cardápio é um ponto forte para atrair clientes e fidelizar os 26 sabores preparados na hora - ressalta.
Ele explica que a pizza é como uma receita de bolo, e os ingredientes complementares fazem a diferença. As mais vendidas são à moda, bolonhesa e calabresa, cujos preços variam de R$ 18, a R$ 28, e para os gostos mais exóticos podem ir de R$ 40, a R$ 80.
Além disso, as pizzas doces também atraem outros paladares: Califórnia, banana com canela e brigadeiro são as mais pedidas.
ACABA EM PIZZA...
O descendente de italiano Ivan José Espagnol, do Bairro Nossa Senhora de Fátima, considera que a pizza é uma tradição passada de pai para filho.
– Sempre quando reunimos a família, tudo acaba em pizza, e eu tenho prazer de prepará-la, mas meus filhos também já entraram no clima de fazer ótimas pizzas, afinal, tudo depende de prática e esforço.
A origem do prato remonta há 6 mil anos, quando babilônios, hebreus e egípcios consumiam uma mistura de massa de farinha, água e sal, também chamada de picea em latim.
A receita acabou virando o prato mais consumido pelas pessoas humildes do Sul da Itália, que recheavam a massa com o que dispunham, e foi parar no Rio Grande do Sul, como prato típico.
RODÍZIOS
Quando o assunto é crise, o empresário não se assusta. Conforme atesta Silvânio Tolentino, o consumo em Moc é significativo:
- Em relação ao ano passado até o momento, tivemos um aumento de cerca de 40% nas vendas, devido à melhoria do serviço e às facilidade de consumo; o movimento maior ocorre nas férias e no final do ano.
Para ele, muitas pessoas podem mudar a forma de consumir, pedindo a pizza em casa, por exemplo, mas não deixam de comprar.
– As promoções para obter a pizza na hora e no momento certo garantem o aumento da clientela, já que esse produto tem um prestigio elevado de consumo. A média de atendimento por final de semana gira em torno de 2.000 pessoas – diz Tolentino.
O rodízio é uma alternativa para os consumidores e, segundo ele, as pessoas têm uma visão errônea da modalidade:
– Os clientes acreditam ser esta uma oportunidade de se enfartar, mas é uma forma de proporcionar maior variedade de sabores aos consumidores.
O atendimento diferenciado depende da dedicação dos 150 funcionários, sendo 22 pizzaiolos que dão ao estabelecimento e aos lares dos consumidores um gostinho de quero mais.