OSLO - O tribunal de Oslo considerou nesta sexta-feira (24) por unanimidade o extremista Anders Behring Breivik, de 33 anos, responsável por seus atos e o condenou a 21 anos de prisão prorrogáveis a pena máxima, pelo assassinato em julho de 2011 de 77 pessoas na Noruega. O veredicto, que o acusado ouviu com um sorriso depois de ter feito a saudação de extrema-direita na entrada do tribunal e que correspondeu a seu desejo de não ser considerado insano, encerra o julgamento de 10 semanas do autor dos ataques que traumatizaram a Noruega e provocaram choque em todo o mundo.

A pena de prisão é de no mínimo 10 anos, segundo a juíza Wenche Elizabeth Artnzen, o que significa que Breivik não poderá apresentar nenhum pedido de libertação condicional durante o período. Em 22 de julho de 2011, Breivik matou 77 pessoas, oito delas em um atentado com bomba contra a sede do governo de Oslo e 69, principalmente adolescentes, ao abrir fogo contra o acampamento de verão da Juventude Trabalhista na ilha de Utoya.

A questão mais polêmica do julgamento, que aconteceu de 16 de abril a 22 de junho, era a saúde mental do réu. A primeira análise psiquiátrica concluiu que Breivik não era penalmente responsável, mas a segunda análise o considerou mentalmente são. Breivik admitiu ser o autor dos homicídios, mas se declarou inocente: ele alegou ter cometido "atos atrozes, mas necessários" para salvar a Noruega do multiculturalismo.

Ele queria ser reconhecido como mentalmente são para legitimar sua ideologia racista e xenófoba. Ele deu a entender durante o julgamento que não recorreria no caso de condenação a uma pena de prisão.

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