Homens armados invadiram nesta terça-feira um hotel de luxo, popular entre estrangeiros em visita a Trípoli, na Líbia, mataram três guardas e fizeram reféns, informou Essam Al-Naas, porta-voz da agência de segurança da capital líbia.
Segundo ele, o impasse se estendia pela tarde (horário local) no hotel Corinthia, localizado na costa do Mar Mediterrâneo.
Um funcionário do hotel informou que cinco homens mascarados, usando coletes à prova de balas, invadiram o hotel depois de os seguranças terem tentado impedi-los. Segundo a fonte, eles entraram no hotel e realizaram disparos aleatoriamente contra os funcionários que estavam no saguão.
O funcionário disse que os homens dispararam em sua direção quando ele abriu a porta olhar para fora e que fugiu, juntamente com outros funcionários e hóspedes, pelas portas dos fundos do hotel, que dão acesso ao estacionamento.
Ele relatou que quando chegaram ao local um carro-bomba explodiu no estacionamento, a uma distância de cerca de 100 metros de onde estavam. Isso aconteceu depois de as forças de proteção terem entrado no saguão e aberto fogo contra os homens que realizavam o ataque. O funcionário, que falou em condição de anonimato, afirmou que dois seguranças foram mortos imediatamente
De acordo com a fonte, o hotel recebia hóspedes italianos, britânicos e turcos, mas a instalação estava bem vazia no horário do ataque. O funcionário não tinha informações sobre reféns, mas afirmou que o primeiro-ministro Omar al-Hassi, que é apoiado por milícias, mora no hotel, mas não estava no local nesta terça-feira.
O hotel Corinthia já foi alvo de um ataque em 2013, quando um ex-primeiro-ministro foi sequestrado no local.
Desde a derrubada e o assassinato em 2011 do ditador líbio Muamar Kadafi, o país tem se dividido entre milícias concorrentes e tribos que disputam o poder.
A transição pós Kadafi não funcionou e há dois governos e Parlamentos rivais, cada um apoiado por milícias diferentes, governando as regiões leste e oeste do país. A capital Trípoli tem sido atingida por uma série de carros-bomba e disparos em meio aos conflitos. Fonte: Associated Press.
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