Com zero viagens, moradores do Barreiro são os mais atingidos pela greve dos motoristas de ônibus

Da redação
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Publicado em 22/11/2021 às 08:53.Atualizado em 05/12/2021 às 06:18.
 (Lucas Sanches / Hoje em Dia)
(Lucas Sanches / Hoje em Dia)

Nenhum ônibus partiu das estações Barreiro e Diamante, na manhã desta segunda-feira (22). Desde a meia-noite, trabalhadores do transporte público de Belo Horizonte estão em greve, exigindo reajuste salarial. No entanto, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a categoria deverá manter 60% efetivo rodando, mas, segundo a BHTrans, nas estações da região do Barreiro nenhum carro partiu na faixa das 7h.

Segundo a empresa que gerencia o trânsito na capital, entre as viagens programadas para partir entre 6h e 7h, apenas 1% deixou a estação Barreiro e nenhum na Diamante. Nas demais estações, a circulação de ônibus foi maior, mas, mesmo assim, abaixo daquilo que foi determinado pela Justiça.

Na estação Pampulha, 21% dos ônibus programados entre 7h e 8h saíram da estação, assim como na unidade São José. Na plataforma São Gabriel, o percentual de viagens foi de 25%, assim como em Venda Nova.

Ainda de acordo com a BHTrans, a média de circulação das demais linhas foi de 20%. Há pouco, a prefeitura de Belo Horizonte informou que irá solicitar a antecipação da reunião entre os sindicatos que representam as empresas de ônibus e os trabalhadores do setor. 

A greve

Os trabalhadores do transporte público reivindicam reajuste salarial que está congelado há três anos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), muitos profissionais estão passando dificuldades e afirmam que não dá mais para se sustentarem sem um reajuste. 

"Tem trabalhador que não sabe, inclusive, se conseguirá comer até o final do mês. Fizemos a nossa parte por três anos e, agora, queremos o que é de direito”, aponta o presidente do sindicato, Paulo César da Silva.

“Entre os anos 2000 e 2007, eram transportados em média 440 milhões de passageiros por ano, já em 2008 esse número caiu para 430 milhões, em 2019 foram 350 milhões de passageiros e, em 2020, descemos ainda mais chegando a 192 milhões de passageiros. As contas não fecham", informou o presidente do SetraBH, Raul Lycurgo Leite.

Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) explica que o setor passa por dificuldades, com redução do número de passageiros. 

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