Empresas júnior preparam alunos da graduação para o mercado de trabalho

Lucas Eduardo Soares e Mariana Durães
Publicado em 15/04/2019 às 19:52.Atualizado em 05/09/2021 às 18:14.
 (Maurício Vieira )
(Maurício Vieira )

Ótimas oportunidades para universitários em todo o país, as empresas júnior ensinam a empreender, a conhecer na prática o dia a dia do mercado, a prospectar clientes e projetos e ainda movimentam a economia. Nas áreas de engenharia à comunicação, passando por medicina e outros segmentos, essas organizações melhoram o currículo e a vivência dos estudantes que estão prestes a entrar no mercado de trabalho.

Minas é o maior do Brasil em número de empresas do tipo. São 130 entre as cerca de 800 do país. De acordo com a Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), no Estado esses empreendimentos arrecadaram R$ 790 mil somente no primeiro trimestre de 2019. No ano passado inteiro, os números chegaram a R$ 4 milhões. Regulamentadas por lei desde 2016 e administradas pelos próprios graduandos sob supervisão dos professores, as EJs, como também são conhecidas, oferecem serviços das mais diversas áreas com rapidez e qualidade, por um preço menor que a média do mercado. 

Experiência 

Samuel Queiroz, de 30 anos, é um dos alunos que escolheram uma empresa júnior para dar os primeiros passos na vida profissional. No oitavo período de engenharia de materiais, ele participa da Engemat Soluções, do Cefet-MG), que presta serviços na área. O objetivo é ter mais experiência de mercado e desenvolver competências além do estudo teórico e acadêmico da sala de aula. Atualmente, Samuel é vice-presidente da organização e faz o trabalho de gestão dos cerca de 30 funcionários.

“A empresa júnior abre nossos olhos para outras áreas, pois além de projetos de materiais, acabamos atuando em outros processos. E conta muito para o currículo. Muitas empresas, no processo seletivo, perguntam se já participamos de alguma EJ. Não é requisito, mas serve como diferencial”, conta o estudante.

Benefícios

Responsável pela articulação entre universidades e empresas, representadas pela Brasil Júnior, Lucas Gabriel Martins aponta que a área de engenharia é justamente uma das mais fortes do Estado, juntamente com o setor de negócios, como gestão e administração. “O principal polo em Minas fica na Zona da Mata”, afirma. 

Além disso, Lucas explica que o contato com os clientes e outros profissionais garante o networking, fundamental para o aluno que se formará em breve. “A partir do momento em que entra na empresa, o estudante desenvolve e cria uma rede de contatos crucial para o futuro”, afirma. 

Prática 

Segundo Andrea Arnaut, coordenadora dos cursos de gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística e marketing das Faculdades Promove, esse tipo de associação é um importante espaço de aprendizado, pois orienta o desenvolvimento acadêmico e prepara o aluno para o mercado de trabalho.

“A empresa júnior propicia a aplicação e o aprimoramento dos conhecimentos teóricos adquiridos em sala, capacitando o aluno de forma empreendedora. Nela, eles terão a oportunidade de apresentar ideias, resultados e projetos”, diz.

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