Seca e irresponsabilidade: primeiro dia do mês é marcado por vários incêndios em Minas

Rosiane Cunha
Publicado em 01/08/2019 às 19:12.Atualizado em 05/09/2021 às 19:49.
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)
(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

A combinação de clima seco com irresponsabilidade coloca o Corpo de Bombeiros em situação de alerta no período do inverno, que começa em junho e segue até setembro, época de aumento considerável do número de queimadas.

Dados do Corpo de Bombeiros apontam que no primeiro semestre de 2019 foram registrados 5.577 incêndios, o que representa um aumento de 32% se comparado ao mesmo período do ano passado, com 4.148 casos. Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte são 1.208 incêndios até agora.

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, os militares combateram dois incêndios em vegetação nesta quinta-feira (1º). O primeiro foco atingiu o Morro do Imperador e outro, de grandes proporções, uma mata do bairro Recanto dos Lagos. O fogo preocupou os moradores da região e houve mais de 220 chamados para o telefone 193 dos bombeiros.

Uma aeronave e 20 militares foram empenhados para conter as chamas com a utilização de abafadores e água. Aproximadamente 5 mil litros de água foram gastos nos dois incêndios.

As áreas são de difícil acesso, mas os focos já foram controlados e os locais são monitorados. Ainda não foi possível contabilizar a área queimada.

Uberlândia

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o fogo e muita fumaça atingiram a vegetação próxima à Estação de Tratamento de Água (ETA) Sucupira que fica na área rural da cidade. O fogo se alastrou e chegou até duas fazendas com plantações de milho. 

Pelo menos mil hectares foram destruídos. A circulação de trens no local teve que ser interrompida por causa das chamas que chegaram até a linha de trem. 

Vídeo mostra intensidade do fogo e fumaça em Uberlândia. Assista:


Ribeirão das Neves

Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o fogo atingiu uma área verde próxima à Escola Estadual Professor Helvécio Dahe, em Ribeirão das Neves. Por causa da grande quantidade de fumaça, os alunos precisaram ser liberados mais cedo. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 500 metros quadrados de vegetação foram queimados e foi preciso 2 mil litros de água para apagar o fogo. Ninguém se feriu.

O tempo seco que castiga a Grande BH há quase dois meses é uma das causas do aumento no número de registros de queimadas. De acordo com os bombeiros, até o momento foram registrados 1.208 incêndios, um aumento de mais de 20% se comparado ao primeiro semestre de 2018.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuva na Grande BH só a partir de sábado e, com isso, os termômetros devem marcar mínima de 10°C e máxima de 20°C. 

Mas, até lá, o tempo continua seco, com a umidade relativa do ar na casa dos 35% nesta quinta-feira (1°), segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, índice muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

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