Valéria Esteves
Repórter
valeria@onorte.net
O Ima – Instituto Mineiro de Agropecuária se prepara para começar a campanha de vacinação contra febre aftosa. Nesse momento, segundo o veterinário Denis Lúcio Cardoso, estão sendo feitas as impressões das cartas de aviso ao pecuarista. Parte será entregue em mãos e a outra parte segue via correio ao criador.
Setembro é a vez de vacinar os animais do Circuito Leste,
do qual faz parte o Norte de Minas
A campanha começa na verdade a partir do dia primeiro de setembro, mas as cartas que avisam os criadores sobre sua proximidade são encaminhadas com antecedência. Desde o início desse mês de julho, o Ima tem fiscalizado, por meio de blitze móveis espalhadas por boa parte do Norte de Minas.
Até agora, conforme o veterinário, nenhuma autuação foi realizada por transporte ilegal de vegetais, de cargas propriamente sem documento, que permite o trânsito dos vegetais. Se autuado, o motorista - e em alguns casos o dono da carga - corre o risco de perder toda a mercadoria, já que no momento da autuação se lavra um termo onde se confirma o fato.
- O Ima ainda não apreendeu nenhuma carga de origem vegetal com ilegalidade. Um exemplo são as cargas de banana. Caso o motorista não tenha em mãos o certificado fitossanitário, além da permissão de trânsito vegetal, a mercadoria corre o risco de ser apreendida, e, nesse caso, ela pode ser inutilizada, totalmente destruída - explica.
Todas as apreensões recebem, de acordo com o Instituto, o suporte da polícia rodoviária estadual e federal. São os produtos de origem animal os que mais registros têm no Ima. Isso porque produtos como carne, leite e derivados, na maioria das vezes, são transportados sem acondicionamento da temperatura. Nesse caso, essas mercadorias são levadas para um aterro sanitário.
Mas voltando a falar sobre vacinação do gado, o Circuito Leste, que compreende o Norte de Minas e os estados da Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo, começa a vacinar os animais, bovinos e bubalinos.
AFTOSA
Em Minas, a secretaria de estado da Agricultura, por meio do Ima, vem executando há cerca de dois anos novas ações para evitar a contaminação do rebanho pelo vírus da febre aftosa. No pacote de medidas adotadas, estão a criação do serviço para denunciar os produtores que não estejam vacinando seus animais, o reajuste das multas para os produtores que não cumprirem a determinação de vacinar, o aumento do número de exames sorológicos para confirmar a ausência do vírus da doença em território mineiro e, ainda, a identificação da carne vendida no estado, bem como uma melhor distribuição das barreiras sanitárias fixas e móveis com os estados vizinhos.
Desde novembro de 2005, está funcionando o programa Ligue Minas Aftosa número (0800-9402000), que recebe as denúncias sobre a falta de vacinação, de vacinas em alguns municípios do estado, além de tirar dúvidas.
De acordo com o Instituto Mineiro de Agropecuária, o trabalho de erradicação da febre aftosa na América do Sul, especialmente naqueles países que tem fronteira com o Brasil, é tarefa indispensável para acabar com a ocorrência da doença no território nacional.