Inflação de setembro fecha em alta de 0,24%

Jornal O Norte
09/10/2009 às 10:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:13

Janaína Gonçalves


Repórter

O IPCA- Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do mês de setembro apresentou variação de 0,24% e ficou 0,09% acima da taxa de agosto (0,15%). Com o resultado de setembro, o acumulado do ano fechou em 3,21%, bem abaixo da taxa de 4,76% relativa à igual período de 2008. Considerando os últimos doze meses, o resultado situou-se em 4,34%, muito próximo dos doze meses imediatamente anteriores (4,36%). Em setembro de 2008, a taxa havia ficado em 0,26%.

Com aumento de 3,40%, o gás de botijão, junto com empregado doméstico, cuja alta foi de 1,15%, foram os itens que mais contribuíram na formação do IPCA do mês, com 0,04% cada.

Os dois itens, que juntos contribuíram com 0,08%, elevaram os grupos Habitação (de 0,47%, em agosto, para 0,62% em setembro) e despesas pessoais (de 0,27% para 0,52%).

Nos Transportes (de -0,11%, em agosto, para 0,27% em setembro), a alta foi provocada, principalmente, pelos automóveis novos (de 0,25% para 0,67%) e usados (de -1,55% para 0,86%). Também foram destaques os aumentos registrados nos preços das passagens aéreas (de -10,97% para 3,58%), álcool combustível (de 1,44% para 2,31%) e seguro voluntário de veículos (de -2,03% para 0,26%).

No grupo da comunicação (de -0,02% para 0,22%), a influência foi exercida pela conta de telefone fixo, que ficou 0,32% mais cara, refletindo reajuste concedido pela ANATEL às operadoras. O reajuste foi aplicado nas tarifas de fixo para fixo, levando em conta as ligações locais e domésticas de longa distância, a partir de 16 de setembro.

De agosto para setembro, também se destacaram os aumentos nas variações dos artigos de vestuário, passando de 0,13% para 0,58% em função da nova coleção, e do grupo.

Já o grupo alimentação e bebidas (de -0,01% para -0,14%) teve queda um pouco mais acentuada em setembro, ao passo que nos artigos de residência (-0,24% para -0,03%) foi mais amena. No IPCA do mês, a principal contribuição individual para menos foi verificada no leite pasteurizado, que ficou 8,76% mais barato, com -0,11%. Abaixo, os principais alimentos em queda.

De agosto para setembro, o grupo educação passou de 0,83% para 0,07%, e os produtos não alimentícios de 0,20% para 0,35%.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Conforme o Departamento de Economia da Universidade Estadual de  Montes Claros  o IPC – Índice de Preços ao Consumidor, para as famílias com rendimentos entre um e seis salários mínimos, houve índice positivo de 0,67%. Com esse resultado o acumulado no ano é da ordem de 2,39%.

O departamento informou ainda ao Norte, que o Grupo alimentação, que tem o maior peso (35.1810) na composição do orçamento doméstico, apresentou uma variação positiva de 2,24%, contribuindo com 0,78% para o resultado final do índice.

As variações positivas foram para o açúcar, com 19,18%; bolacha, 17,88%; farinha de mandioca, 10,95%; manteiga, 2,74%; margarina, 1,99%, e negativas para os produtos como queijo minas, -3,07%; óleo de girassol, -, 2,27%; milho verde, -2,13%; massa para bolo, -1,88%; café, -1,71%; óleo de oliva, -1,49%; iogurte, -1,29%; requeijão cremoso, -1,28%; bacon, -1,21%; e salsicha lata, -1,06%.

Mas já o feijão houve uma variações positiva do feijão, 5,94%; carne suína, 0,49%; leite pasteurizado, 0,31%, e negativas para carne avícola, -4,78%; miúdos e vísceras, -1,06%; e ovos, -0,19%. O gás de cozinha fechou com uma variação positiva de 4,28%.

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