Armador da Costa Rica, Celso Borges, de 26 anos, não está satisfeito apenas com a campanha histórica de sua equipe nesta Copa. Filho de Alexandre Borges Guimarães, brasileiro naturalizado costa-riquenho que foi jogador e treinador da seleção da América Central, Celso se sente à vontade atuando no Brasil.
“É bom jogar aqui. É como se eu estivesse na minha segunda casa. Conversei com meu pai, que está no Brasil vendo as partidas, junto com minha família. É uma nova e rica experiência”, disse.
Alexandre Borges se naturalizou costa-riquenho e fez 16 jogos pela seleção. Além disso, treinou a equipe duas vezes: entre 2000 e 2002 e a partir de 2005 até a Copa da Alemanha, em 2006.
“Ele (Alexandre) me deu algumas dicas, para eu ficar calmo, me divertir. A Copa do Mundo, por si só, é um grande evento. Mas, por ser no Brasil, tem mais um valor para mim, que é a origem do meu pai, e quero tirar o melhor possível disso”, afirmou Celso.
Revelado nas categorias de base do Saprissa, um dos times mais importantes da Costa Rica, ele atuou três anos no profissional do clube, pelo qual Alexandre foi tricampeão nacional (1982/88/89). Depois, seguiu para a Noruega para defender o Fredeikstad, onde permaneceu por duas temporadas. Atualmente, tem contrato com o AIK, da Suécia.
Carinho da família
A família de Alexandre e Celso está vibrando com o Mundial, já que Brasil e Costa Rica se classificaram para as oitavas de final. Ciente disso, o armador quer retribuir o carinho com boas atuações em campo. “A mente deles é brasileira, e o coração costa-riquenho. Eles querem o melhor pra nós também”, disse.
A família está concentra no Rio de Janeiro, onde mora o avô de Celso, alguns tios e primos, e no Recife. “A chance de revê-los participando da Copa e com a seleção jogando bem me faz muito feliz”, afirmou.
Em relação ao futuro da Costa Rica na Copa, Celso foi enfático. “Temos todas as oportunidades de chegar onde queremos. Se continuarmos jogando como um time, temos muitas chances de ir à final”.