Invasão a embaixada americana termina com um morto e cinco feridos

AFP
13/09/2012 às 07:44.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:14
 (AHMED MAHMUD/AFP )

(AHMED MAHMUD/AFP )

A polícia iemenita matou a tiros uma pessoa e feriu outras cinco nesta quinta-feira (13), durante confrontos com centenas manifestantes que protestavam contra um filme ofensivo ao islã diante da embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, informou uma fonte dos serviços de segurança.

A polícia iemenita havia conseguido dispersar os manifestantes que nesta quinta-feira invadiram a embaixada. Poucos minutos depois, eles tentaram entrar novamente no local.

"Khaybar Khaybar (nome de uma batalha entre os primeiros muçulmanos e judeus), judeus, o exército de Maomé está de volta", gritavam os manifestantes. A polícia atirou para o ar e usou jatos de água para dispersar os manifestantes.

Em um comunicado divulgado pela agência oficial Saba, o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi se declarou "extremamente inconsolável" por este ataque e apresentou suas desculpas ao presidente Barack Obama e ao povo americano.

Também determinou a formação de uma comissão de investigação do incidente para levar os culpados ante a justiça.

Confusão

Na capital do Iêmen, a polícia atirou para o alto e utilizou jatos d'água para dispersar os manifestantes, que haviam conseguido entrar na área da embaixada para atear fogo em vários carros.

"O profeta, Mamoé", gritavam os manifestantes.

Na Líbia,, um ataque na terça-feira à noite contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi matou quatro funcionários americanos, incluindo o embaixador do país em Trípoli.

No Cairo, manifestantes enfrentaram a polícia diante da embaixada dos Estados Unidos.

A polícia utilizou gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Segundo o ministério da Saúde, 13 pessoas ficaram feridas nos confrontos, iniciados na noite de quarta-feira.

Os manifestantes usaram pedras e bombas incendiárias contra os policiais que protegiam a embaixada.

O filme amador "Inocência dos Muçulmanos", de orçamento reduzido, trama confusa e cenários artificiais, que pretende ser uma descrição da vida do profeta Maomé e evoca temas como homossexualismo e pedofilia, provocou a revolta dos muçulmanos no
 Oriente Médio e norte da África.

No Iraque, centenas de simpatizantes do clérigo radical xiita Moqtada al-Sadr protestaram na cidade de Najaf, 150 km ao sul de Bagdá, contra o filme, com frases hostis aos Estados Unidos e a Israel.

Najaf, uma das principais localidades sagradas dos xiitas, abriga o mausoléu de Ali, figura central desta corrente religiosa.

 

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