Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Governo de Minas Gerais quer identificar oportunidades de negócios para estimular o setor privado a investir no estado e em todo Norte de Minas.Essa temática foi pauta de dois dias de evento em Montes Claros, no fórum oportunidades de investimentos privados no Norte de Minas. Cerca de sete secretários de estado estiveram identificando as possíveis atividades promissoras e qual o seu desenvolvimento até agora.

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana, o governo de Minas entendeu que o Fórum seria a chance de as empresas apresentarem seu potencial. Fez questão de dizer que o propósito é ajudar a estruturar as cadeias produtivas e estimular o setor privado a apostar em atividades como a produção de eucaliptos, aumento da produção leiteira, setor de confecções, entre outros.

Em Montes Claros, o setor de confecções tem crescido a medida que a mão-de-obra tem se qualificado. Conforme a presidente do Sind-vest- Sindicato do Vestuário do Norte de Minas, Irma Ribeiro Santos, o setor emprega hoje cerca de 5.600 pessoas. Há pelo menos 380 empresas formais, sendo que 90% delas são de microempresários e 5% de pequenas empresas. Um dos gargalos ainda enfrentados, segundo a presidente, é a compra da matéria-prima em outros estados.

Para a secretaria de Desenvolvimento Econômico, um dos principais entraves para o desenvolvimento do setor de confecções é a definição do campo de trabalho e a falta de acesso ao mercado dos Estados Unidos e da Europa. Alguns especialistas acreditam que o estado de Minas perde competitividade por não oferecer oportunidade de aquisição da matéria-prima. Enquanto isso, a China, líder no ramo de confecções, ganha cada vez mais espaço nos mercados.

Há aqueles que crêem que a tendência do ramo é melhorar, mesmo tendo o município de Montes Claros baixa mão-de-obra.

Em Pirapora, a prefeitura, conforme anunciado no fórum, intenciona implantar um Centro de Confecção, onde a proposta é capacitar mão-de-obra de costureiras com incentivo de uma cooperativa a ser criada para dar suporte às envolvidas no processo. A idéia de investir nesse setor surgiu a partir do trânsito de pessoas que passam pelo município diariamente, oriundas das adjacências e até da capital mineira. Quem apóia a idéia é o grupo Sedro, que ambiciona firmar vários negócios a partir da parceria com o município.

A diretoria do Sind-Vest reclama da falta de uma linha de crédito específica para o ramo. Ainda há outros gargalos que precisam ser vencidos, como a lojística, a falta de espaço físico para se trabalhar as confecções e atender as necessidades vigentes.

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