Israel revoga permissões para palestinos entrarem no país, após ataques

Estadão Conteúdo
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18/06/2017 às 15:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:08

(Said Khatib/AFP)

Israel revogou neste domingo (18) as permissões de 200 mil palestinos para entrar em Israel durante o mês sagrado do Ramadã, após dois ataques próximos e simultâneos contra policiais, que deixaram uma jovem oficial morta perto da Cidade Velha de Jerusalém.

O corpo de defesa israelense divulgou a decisão em língua árabe em sua página do Facebook. Anteriormente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estavam em andamento os preparativos para destruir as casas dos agressores palestinos. Além disso, ele indicou que haveria um aperto da segurança na entrada da Cidade Velha, onde estão localizados locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos.

Três agressores palestinos armados com uma arma automática e facas atacaram oficiais em serviço perto da Cidade Velha em dois diferentes locais, na noite da última sexta-feira. A polícia disse que a sargento da equipe, major Hadas Malka, de 23 anos, estava apressada para responder a um ataque inicial quando um palestino a atacou com uma faca. Malka lutou com o homem por vários segundos enquanto ele a esfaqueava várias vezes antes que outros oficiais vissem o que estava acontecendo e abrissem fogo, matando-o, informou a polícia. Ela morreu mais tarde, no hospital.

O grupo extremista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas dois grupos militantes palestinos, o Hamas e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, responderam rapidamente que os três agressores eram seus membros e acusaram o Estado Islâmico de tentar minar seus esforços. Na reunião semanal de seu gabinete, Netanyahu atacou o líder palestino Mahmoud Abbas por não condenar o ataque.

Israel já havia anunciado suas medidas anuais de boa vontade para o Ramadã, incluindo as 200 mil permissões de visitas familiares para palestinos da Cisjordânia e acesso para 100 residentes de Gaza para frequentar as orações na mesquita Al-Aqsa, de Jerusalém. O corpo de defesa israelense disse que as permissões de visita foram canceladas, mas as licenças de oração permanecem inalteradas.
 
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