Batizada com o sobrenome do Conde Italiano fabricante de aviões “Giovanni Agusta”, mais as iniciais da empresa de seus filhos “Meccanica Verghera”, em 1945 nasceu a MV Agusta. Mas basta de passado. Acaba de chegar a nova F4 montada em Manaus, com mais potência, novo visual e tecnologia de ponta.

Novos recortes na pintura, rodas prateadas, descarga quádrupla mais compacta, acelerador ride-by-wire, ABS regulável e Sistema Integrado de Controle Motor/Veículo dotado de inclinômetros e acelerômetros para gerenciar a aceleração, são as maiores novidades. O torque, sensibilidade, rotações e freio motor podem ser eletronicamente ajustados nos modos “Normal”, “Sport” e “Chuva. Suspensão e freios também podem ser customizados.

Continuam as grandes “sacadas”. As entradas de ar sob o farol atuam como aerofólios embutidos para “down-force” em altas velocidades. Aberturas nas carcaças dos retrovisores direcionam o fluxo de ar para cima, reduzindo a turbulência nos ombros. A “bolha” dianteira tem recorte, permitindo ao piloto enxergar sem distorções. A fixação das carenagens é feita por borboletas de fácil remoção e, os bicos de enchimento dos pneus têm conexão lateral, para você não se queimar nos discos na hora de calibrar.

Monstrinho camarada
O motor com 4 cilindros em linha, 998 cm3 e 195 cv, ronca deliciosamente e leva a máquina aos 100 km/h em cerca de 3,0 segundos. A velocidade final é de 291,2.

No bolso
Ela custa R$ 69.900. Suas concorrentes mais diretas, BMW S 1.000 RR R$ 77.150 e a Ducati 1199 Panigale S R$ 88.056. Se quiser mais “veneno”, a versão ainda mais brava F4 RR ABS sai por R$ 91.900. Seu consumo é na casa dos 11 km/l em uso esportivo. A motocicleta testada foi cedida pela Concessionária Agusta de BH “Moto Company”, Av. Raja Gabáglia, 3103.

Painel
Em tela LCD com conta-giros analógico, velocímetro digital, hodômetro total, trip e informações sobre as opções de modo de pilotagem.

Freios, Suspensão e transmissão
Freio eficiente com dois discos na dianteira e um na traseira e, manete e pedal leves e que quase não vibram com a ação do ABS. A suspensão firme roda suave no asfalto, mas castiga um pouco em terrenos ruins. O câmbio tem 6 marchas e transmissão final por corrente.

Pilotagem
Compacta, com guidão e assento baixos, a posição de pilotagem “abraçado” ao tanque permite domínio total sobre a máquina, vontade de acelerar cada vez mais e muita dor nas costas para quem não está acostumado, (como em todas as super esportivas). Andando “na boa” ela é extremamente dócil, mas se acelerar vira monstro. Quem quiser pode ativar um sistema eletrônico que controla a aceleração em caso de risco de empinar ou de derrapar, (quase um seguro de vida para doidos e “barbeiros”). A ciclística está entre as melhores de categoria, as reações do guidão são adequadas às inclinações e a aderência nas curvas agrada.
 

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