(Leonardo Aversa/Divulgação)
Os fãs de Ivan Lins vão se surpreender ao ouvir o novo disco do artista, “Amorágio”, lançado recentemente pela Som Livre. Dessa vez, o piano está em segundo plano, e a evidência está nos outros instrumentos de cordas – violino, cello, viola, baixo, violões... “A grande diferença deste trabalho para os anteriores é que este disco é muito mais acústico”, afirma Ivan Lins, que convidou Rodrigo Vidal para a produção. “A escolha aconteceu justamente pela paixão dele por instrumentos acústicos”. Bastante eclético em sua sonoridade, o álbum de inéditas conta com diversas participações. Maria Gadú (em “Quem Me Dera”) e Tatiana Parra (em “Amorágio”) foram convidadas porque Lins é apaixonado por suas vozes. Já o português Antônio Zambujo é um amigo recente do artista. Há ainda a participação de Pedro Luís em “X no Calendário”, uma música em que Lins ousou ao se aventurar pela enseada do rap. “Quando estava gravando a base no estúdio, fiz um barulho com a boca. Aí o Rodrigo disse: ‘aí pode ter um rap’. Então esticamos um pouco para inserir o rap e convidei o Pedro, que é um cara de quem gosto muito e é marido de uma grande amiga, a Roberta Sá”, explica. Sertanejo Ivan Lins apresenta ainda, em “Amorágio”, o seu lado sertanejo. A faixa “Atrás Poeira” é interpretada pela dupla Fioravante e Guimarães, codinome para o próprio Lins e o amigo Rafael Altério. Essa é uma amostra do que será o próximo trabalho fonográfico do artista. Em breve, Lins vai entrar para o estúdio para registrar suas composições voltadas para o universo caipira. “Sempre compus músicas com esse perfil e as gravei em meus discos, mas através do tempo essas canções passaram despercebidas, normalmente por arranjos equivocados. Com instrumentos acústicos, elas ficam muito mais bonitas”, diz. Projeto Ainda não há previsão de show de Ivan Lins em Belo Horizonte com o repertório de “Amorágio”. Ele conseguiu aprovação de uma turnê por meio da Lei Rouanet, mas não encontrou patrocinadores para captar os recursos. O projeto, de R$ 1,5 milhão, prevê circulação por 30 cidades brasileiras com ingressos populares – alguns gratuitos, outros com valor máximo de R$ 50. “A intenção é levar música boa para o maior número possível de pessoas. Mas está muito difícil encontrar patrocinadores para o projeto”, afirma Lins.