O técnico do Japão, Alberto Zaccheroni, bem que tentou, mas não conseguiu escapar das indagações sobre o clima de protesto que o Brasil vive em meio a Copa das Confederações. Nesta sexta-feira (21), pouco antes do treino que seria realizado no gramado do Mineirão, visando o embate contra o México, que será realizado às 16 horas deste sábado, o comandante dos Samurais Azuis lamentou as manifestações, mas deixou sua mensagem de alento aos brasileiros.
“Como nós não vivemos aqui, é difícil compreender os problemas que o Brasil enfrenta. É um país tão grande e tão diverso que não tenho conhecimento da situação nas diferentes regiões. Toda minha equipe está ressentida de ver esse clima, que mostra a insatisfação do povo. E isso não é bom para a vida social, nem para o esporte”, avaliou Zaccheroni.
Apesar do desconforto, o técnico se mostrou sensibilizado com a causa e elogiou os brasileiros. “Espero que os responsáveis pela tomada de decisão possam intervir para recuperar o equilíbrio do país. O Brasil é um país que o mundo inteiro gosta. Seu povo é amado no mundo inteiro e eu pessoalmente estou descobrindo lugares lindos durante este torneio. Torço para que tudo termine bem”, apontou.
Japoneses aprovam segurança
Uma das mazelas do país apontadas pelos manifestantes é a utilização de recursos públicos para a realização da Copa das Confederações e do Mundo. Durante essa semana, palavras de ordem contra a Fifa foram escutadas, o que deixou a entidade apreensiva. Ao que parece, o clima de tensão chegou à seleção nipônica, mas não os afetou.
O meia Yasuhito Endo garantiu que os jogadores japoneses se sentem seguros no país e comentou que seus companheiros andam pelas ruas de foram tranquila. “Nós estamos bem protegidos. Eu não acho que seja perigoso sair às ruas. Alguns jogadores saíram para caminhar, não aconteceu em nada. Não nos sentimentos ameaçados aqui”, apontou.
Zaccheroni fez coro ao seu comandado e garantiu não ter dado nenhuma instrução para que seus atletas ficassem presos no hotel. “Não dei nenhuma instrução específica aos meus jogadores. Vejo que as autoridades de segurança estão no hotel. Lamentamos ver esse clima de tensão, mas não nos sentimos inseguros”, concluiu o comandante dos Samurais Azuis.v