JMJ injetou R$ 1,2 bilhão à economia do Rio, diz Paes

Luciana Nunes Leal
Publicado em 29/07/2013 às 16:30.Atualizado em 20/11/2021 às 20:29.

A Jornada Mundial da Juventude trouxe ao Rio dois milhões de turistas e permitiu uma "injeção" de R$ 1,2 bilhão na economia da cidade, informou o prefeito Eduardo Paes nesta segunda-feira (29), com base em dados do Ministério do Turismo. O prefeito fez um saldo positivo do evento, apesar dos problemas, especialmente na área de transportes e na necessidade de transferência da vigília e da missa de encerramento de Guaratiba, na zona oeste, para Copacabana, na zona sul, por causa da chuva.

"Tivemos algumas batalhas perdidas no início, mas ganhamos a guerra", afirmou o prefeito, que, no entanto, não quis dar uma nota para a organização. No balanço da prefeitura, Paes disse que entre os dias 23 e 28 de julho, quando durou a Jornada, foram recolhidas 390 toneladas de lixo, apenas um pouco mais do que as 320 toneladas produzidas em apenas uma noite do Réveillon. "Esse dado mostra o grau de civilidade dos visitantes e dos cariocas nesta situação. O carioca, quando quer, sabe tratar com muito carinho a cidade", afirmou o prefeito.

Eduardo Paes anunciou que na próxima quarta-feira, 31, terá uma reunião com representantes do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), de órgãos do meio ambiente, e vai convidar representantes do Ministério Público para discutir o plano de ocupação de Guaratiba. O prefeito confirmou a intenção de transformar os terrenos que receberiam os eventos da Jornada em um bairro popular, mas insistiu que não será permitida a presença de moradores de fora de Guaratiba neste novo bairro. As casas serão para pessoas que vivem em áreas degradadas do bairro, como as comunidades de Jardim Maravilha e Piraquê.

O prefeito reagiu às acusações de que um loteamento na área seria irregular, por se tratar de uma região de proteção permanente. "Vamos discutir toda essa questão, mas sem usar demagogia. É preciso o mínimo de responsabilidade e se dar ao trabalho de se informar. Aquela não é uma área de proteção permanente, e em 2010 foi autorizada a criação de um loteamento no lugar", disse Paes.


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