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A notícia que não quer calar e todo o mundinho fashion quer saber. O retorno do estilista britânico John Galliano, 54 anos, às passarelas. Desde que foi demitido da Maison Dior (onde trabalhou durante 15 anos), em 2011, após se envolver em escândalo antissemita, Galliano havia se afastado da moda. Na última segunda, dia 12, deu as caras rapidamente na passarela após o desfile da grife belga Maison Martin Margiela. O convite para assumir a direção criativa da marca foi em outubro do ano passado. Já o desfile aconteceu na “hora do chá”, às 16h30, durante a semana de moda de Londres e em um moderno edifício do centro da capital britânica.
“Foi tudo muito bem feito, nos lembrando o quão talentoso ele é. “Foi puro John”, afirmou Natalie Massenet, presidente do Conselho britânico de Moda para a Agência France Presse. Galliano não perdeu seu carisma e foi aplaudido pela nata do setor. Compareceram ao desfile os estilistas Alber Elbaz, da Lanvin; Christopher Bailey, da Burberry; Manolo Blahnik; o stylist Nicola Formichetti; o empresário Renzo Rosso, dono do grupo OTB e diretor da Margiela. “Sinto uma grande emoção, quase chorei, os vestidos eram lindos – o que ele fez foi incrível”, disse Renzo Rosso.
O prestígio de Galliano se estendeu para atos de pura fofurice, como a caixa de giz de cera enviada por Alber Elbaz como presente de boas-vindas e os comentários da modelo Kate Moss, que disse ter ficado arrepiada diante dos vestidos vermelhos. A hashtag #margielamonday# ganhou grande repercussão nas redes sociais.
John Galliano acredita que alguns não o “perdoarão nunca” pelo ocorrido, mas se defende afirmando que já não bebe e que apresentou suas desculpas inúmeras vezes, negando ser racista ou antissemita.
(*) Com AFP