O álbum das férias de verão da jornalista belo-horizontina Débora Arcuri-Rosendahl, 28 anos, já está repleto de fotos, mas pelo menos três delas, durante a estadia de dois dias em Nice, no Sul da França, nunca sairão da memória. Ela é uma das sobreviventes do ataque que matou 84 pessoas, deixou mais de uma centena de feridos, sendo 50 gravemente. As pessoas foram atingidas por um caminihão branco, dirigido pelo franco-tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, 31 anos, que só parou após ser morto pela polícia.
, 31 anos, em frente à avenida onde, horas depois, o motorista atropelou as pessoas. O balneário estava lotado de turistas, já que os franceses comemoravam o Dia da Queda da Bastilha.
"Todo mundo correu e gritou. Graças a Deus a gente estava perto do nosso hotel", relatou.
Queima de fogos na comemoração do Dia da Queda da Bastilha, em Nice, pouco antes do ataque
"A gente custou a dormir. Fomos dormir quase às 6h00 da manhã (o ataque ocorreu por volta das 22h40, horário local). Agora vamos para a Itália. Mas, de lá, ainda não sabemos se vamos continuar a viajar ou voltar pra casa", revelou.
Na manhã desta sexta-feira (15), o casal saiu para dar uma volta nas ruas, e confirmar se o que se lembravam da noite anterior era verdade ou um pesadelo. No entanto, as homenagens que presenciaram confirmaram as notícias ruins. Ao mesmo tempo que sentiram pelas vítimas do atropelamento, se sentiram aliviados e agradecidos por estarem vivos.
"Reviver esses momentos hoje aqui, passar pelo mesmo lugar, segura e sem nada, sem nenhum arranhão, deixa meu coração e o do Mikka gratos a Deus por esse livramento. Porque a gente nunca imaginou que pudesse experimentar isso", afirmou.
Confira o vídeo: