Jovens do interior de São Paulo fazem campanhas para arrecadar dinheiro e bancar a viagem para ver o papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 23 a 28 de julho, no Rio. Em 99 paróquias de 50 cidades da Diocese de São José do Rio Preto (SP), os jovens fazem o que podem para arrecadar a grana: vendem pastéis na saída das missas, param carros nos semáforos para pedir trocado, fazem rifas de bolos de chocolate e até promovem quermesses e festas juninas.
"Todas a paróquias estão fazendo algum tipo de promoção para enviar seus representantes para a jornada", diz o padre Sílvio Roberto Santos, assessor da Juventude da Diocese de São José do Rio Preto. De acordo com padre Sílvio, a expectativa é que essas paróquias enviem em torno de 1,5 mil jovens para o encontro no Rio. Na Paróquia Menino de Jesus de Praga, em Rio Preto, onde ele atua, a saída foi vender carnês de viagem, pagas pelos jovens em até 12 vezes.
Em Mirassol, os jovens fizeram pedágio nos semáforos da cidade, vestidos com camisetas com fotos de Francisco. "Acho que vale a pena contribuir, é uma causa justa, eles vão viver um momento único", diz o vendedor Fábio Adriano Silva, que colaborou com dois reais ao ser parado no sinal vermelho. Em Rio Preto, os jovens do Jardim Cristo Rei passaram a se reunir nos fins de semana para fazer pastéis e vender na saída das missas. Já venderam 2,5 mil pastéis e esperam vender outros 600 na festa junina que realizam dias 21 e 22 de junho.
Para levar os jovens, a Igreja Católica contratou a agência Projeto Jornada, que está reunindo os grupos de 50 pessoas, formados pelas paróquias das dioceses de Rio Preto, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Catanduva, Barretos e São João da Boa Vista. Segundo o coordenador da agência, Valdinei Machado, serão colocados 52 ônibus para levar cerca de 3 mil jovens para o Rio de Janeiro. O pacote completo custa R$ 946,00, para os jovens que vão participar de todos os dias da Jornada; R$ 609,00 para quem for participar no sábado e domingo; e R$ 401,00 para quem vai assistir somente à vigília e à missa do papa. Os pacotes dão direito à hospedagem, traslado interno e alimentação. Segundo Machado, todos os pacotes estão praticamente fechados.