Juíza venezuelana afirma em livro que foi estuprada na prisão

AFP
Publicado em 23/11/2012 às 08:36.Atualizado em 21/11/2021 às 18:32.

CARACAS - A juíza venezuelana María Lourdes Afiuni, que está em regime de prisão domiciliar, afirma em um livro que foi estuprada há cerca de dois anos na prisão, de acordo com seu advogado.

"Já faz mais de dois anos que temos conhecimentos dessa violência contra a doutora Afiuni e o presidente da república Hugo Chávez também sabe" disse à AFP o advogado da juíza, José Graterol.

"A equipe de psicólogos recomendou não tornar a história pública no passado porque teria sido como uma segunda violação para a doutora Afiuni. Agora, ela tomou a decisão de contar para o escritor Francisco Olivares em um livro que será lançado nesta sexta-feira (23)", explicou o jurista.

Repercussão

A revelação de Afiuni, que não pode falar diretamente com os meios de comunicação e que usa seus familiares e advogados como porta-vozes, criou grande alvoroço na imprensa e nas redes sociais. Contudo, o governo ainda não se pronunciou sobre o caso.

Afiuni foi formalmente acusada em janeiro de 2010 de corrupção, abuso de poder e de facilitar a fuga do banqueiro Eligio Cedeño, detido em 2007 por suposta fraude e que conseguiu fugir após ganhar liberdade condicional.

Várias organizações de defesa dos direitos humanos pediram a libertação de Afiuni por considerar que o julgamento é "arbitrário".

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