Kalil cancela coletiva em que contestaria denúncia de superfaturamento

Bruno Moreno
bmoreno@hojeemdia.com.br
Publicado em 16/11/2016 às 12:15.Atualizado em 15/11/2021 às 21:40.

O prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), cancelou no fim da manhã desta quarta-feira (16) uma coletiva de imprensa que a assessoria dele havia marcado ontem para contestar a denúncia do Ministério Público Estadual de que a Erkal, empreiteira de Kalil, teria superfaturado um contrato com o governo do estado, em 2006. 

A coletiva foi marcada na tarde desta terça-feira (15) para acontecer às 9h desta quarta-feira (16), no Centro de Operações da Prefeitura, no bairro Buritis, onde trabalha a equipe de transição. 

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No entanto, apenas por volta das 11h20 Kalil apareceu. Pediu desculpas e disse que houve um mal entendido entre ele e a assessoria.

Por volta das 10h, o vice-prefeito, Paulo Lamac (Rede) havia afirmado aos jornalistas que Kalil tinha ficado preso em um engarrafamento e já estaria chegando.

Kalil disse que o compromisso às 9h00 era apenas com a assessoria dele, e que irá se pronunciar por meio de nota técnica, que será redigida por advogados.

O MPE pediu o bloqueio de bens do prefeito eleito e da Erkal Engenharia, no valor de R$ 2,98 milhões. A acusação é de possível irregularidade em contrato firmado com o Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG), com suposto superfaturamento em serviço prestado.

Confira a nota oficial divulgada no início da tarde:

A respeito das notícias veiculadas pela imprensa acerca de supostas irregularidades em contratação da Erkal Engenharia Ltda com o DER-MG, a assessoria Jurídica do prefeito eleito Alexandre Kalil vem esclarecer que a empresa ainda não foi citada para responder à ação e que o contrato, assinado no ano de 2001, assim como o aditivo celebrado, firmado no ano de 2006, observaram, rigorosamente, os termos da legislação aplicável.

Afirmo, sem medo de errar, que, se todos os contratos firmados com o poder público deste país se pautassem pela regularidade do citado contrato, certamente, teríamos um lugar melhor para se viver. Aliás, nos causa estranheza a veiculação de notícias, no meio do feriado, sobre um processo judicial em que não houve sequer a citação da empresa.

Alexandre Kalil

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