Kerry diz que eleições na Síria são uma "farsa, um insulto e uma fraude"

AFP
15/05/2014 às 11:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:35

O secretário de Estado americano, John Kerry, criticou nesta quinta-feira o plano do regime sírio de Bashar al-Assad de celebrar eleições presidenciais em plena guerra civil, o que chamou de "fraude". As eleições de 3 de junho são "uma farsa, um insulto e uma fraude", disse Kerry em Londres, após uma reunião internacional para avaliar a situação na Síria, afetada há três anos por uma guerra civil. Representantes de 11 países, os Amigos da Síria, se reuniram em Londres na presença de integrantes da oposição de Damasco.

O grupo Amigos da Síria reúne Estados Unidos, Reino Unido, Egito, França, Alemanha, Itália, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Em um comunicado, o grupo denuncia o "plano unilateral do regime de Assad de organizar eleições presidenciais em 3 de junho". "É um desprezo pelas vidas inocentes perdidas no conflito, contradiz os acordos de Genebra e é uma paródia de democracia", afirma o documento.

"Concordamos de maneira unânime em dar mais passos juntos [...] para: aumentar o apoio à oposição moderada da Coalizão Nacional Síria e seus grupos armados associados moderados; cobrar o regime de Assad pelo terror que impõe ao próprio povo e aumentar os esforços para entregar a ajuda humanitária", conclui o texto. O governo britânico anunciou ainda que concederá o nível diplomático aos escritório da oposição síria em Londres.

"Decidimos aumentar o status do escritório do representante da Coalizão Nacional em Londres para missão" (um nível ainda inferior ao de embaixada), "em reconhecimento ao poder de nossa aliança", disse o ministro das Relações Exteriores William Hague.

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