Ligação forte com governo Dilma gera avaliação negativa a Temer, diz CNI/Ibope

Estadaõ Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/07/2016 às 12:42.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:07
 (Beto Barata / PR)

(Beto Barata / PR)

O gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, afirmou, nesta sexta-feira, 1, ao comentar os resultados da pesquisa Ibope sobre avaliação do governo federal, que há uma melhora pouco significativa na popularidade do presidente Michel Temer em relação à Dilma Rousseff.

"O saldo ainda é negativo", declarou. Fonseca alertou que um grande número de entrevistados não soube responder ou considerou a gestão Temer regular, o que era esperado para este início do governo, que tem menos de dois meses.

Em relação a Dilma, a pesquisa mostrou que 44% consideram a gestão Temer igual a da presidente afastada. Outros 25% avaliam que a atuação do presidente em exercício é pior do que a sua antecessora; 23% disseram que a gestão de Temer é melhor do que a Dilma; e 8% não souberam ou não quiserem responder.

Na última pesquisa divulgada pelo CNI, em março, a porcentagem da população que desaprovava maneira de Dilma governar era de 82%. Já os que consideravam o governo Dilma ruim ou péssimo eram 69%.

A pesquisa divulgada hoje mostrou que 53% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar de Temer desde que ele assumiu, em meados de maio. A proporção dos que aprovam a gestão é de 31%. Não souberam ou não responderam 16%.

"O que a gente percebe é que ainda há ligação forte dos dois governos e isso gera a avaliação negativa", disse. Para o gerente, "não houve tempo" para uma lua-de-mel com o governo provisório. "Acho que um mês e meio do governo é muito pouco, estamos todos nós correndo atrás para ver qual linha, qual será o modo de governar", ponderou.

Segundo Fonseca, caso Temer permaneça na Presidência, será possível tirar conclusões na próxima pesquisa, em setembro.

Impeachment

A CNI informou que a pesquisa não abordou a opinião dos entrevistados com relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff porque a instituição queria manter o mesmo formulário da pesquisa anterior.
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