Candidato à reeleição, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi o primeiro a votar no colégio eleitoral no qual está inscrito, na região oeste de Caracas, em um pleito no qual busca a reeleição e que não conta com a participação da grande maioria da oposição, que o considera fraudulento.
"Fui o primeiro votante da pátria (...), sempre em primeiro nas batalhas pela nossa soberania, pelo direito à paz", declarou o líder chavista, em entrevista coletiva depois de votar.
Maduro, que chegou ao local acompanhado da mulher, Cilia Flores, e de parte de sua equipe, considerou a jornada de votação de "um dia de celebração e participação, uma festa eleitoral". Ele pediu aos venezuelanos para, nas urnas, "provar ao mundo que a Venezuela deve ser respeitada, é uma república soberana, livre e independente".
"Que ninguém perca este dia histórico (...), cuidemos todos dos centros eleitorais, cuidemos para que tudo aconteça em paz (...). Digo a todos os venezuelanos: o seu voto decide, votos ou balas, pátria ou colônia, paz ou violência, independência ou subordinação", afirmou.
O presidente venezuelano disse que espera "uma muito boa participação" de eleitores neste domingo [20] e que, ao final, os resultados serão "reconhecidos pelo povo", que "irá defendê-los;".
Maduro alegou novamente a existência do que chamou de "campanha feroz" de vários países para evitar a realização do pleito e pediu à comunidade internacional para "não antecipar posição" de rejeição a um resultado eleitoral que ainda não é conhecido.
Também disputam o cargo de presidente o ex-governador Henri Falcón - um chavista dissidente que não apoiou a decisão da coalizão oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD) de não participar e inscreveu candidatura -, o ex-pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.
Nestas eleições, na qual a MUD pediu que os eleitores não votem, também serão eleitos os membros dos conselhos legislativos dos 23 estados e dos 335 municípios.
Votações
Os centros de votação na Venezuela começaram a abrir às 6h de Caracas (7h em Brasília) para a eleição na qual o atual presidente, Nicolás Maduro, tenta a reeleição, e a grande maioria da oposição não participará, por considerá-la fraudulenta, da mesma forma que governos de vários países.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), entidade que tem a desconfiança da MUD, montou 14.638 centros de votação em todo o território venezuelano com 34.143 mesas eleitorais.
Mais de 150 observadores internacionais acompanham o pleito, que está sendo realizado apesar de vários países, como os Estados Unidos e os da União Europeia, terem apelado para que fosse suspenso, alegando que não há condições de transparência.
A maioria da oposição, além de não participar das eleições, organizou protestos em dezenas de cidades ao redor do mundo para coletar assinaturas e denunciar a crise na Venezuela.